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O novo prédio do Espaço Cubo Itaú,que inaugura 15 de agosto, fica 550 metros do atual, hoje na Rua Casa do Ator. | Divulgaçao/
O novo prédio do Espaço Cubo Itaú,que inaugura 15 de agosto, fica 550 metros do atual, hoje na Rua Casa do Ator.| Foto: Divulgaçao/

O Espaço Cubo Itaú cresceu. O centro de empreendedorismo tecnológico criado em 2015 muda de endereço no próximo dia 15 de agosto. O novo prédio de 12 andares, na Alameda Vicente Pinzon, nº 54, na Vila Olímpia, em São Paulo, a pouco mais de 500 metros do endereço atual, vai quadruplicar a capacidade atual e abrigará 210 startups e 40 parceiros. Será, então, o maior centro de empreendedorismo da América Latina.

A ideia, segundo os responsáveis pela iniciativa, era “trazer o ecossistema do Vale do Silício para o Brasil”. Na avaliação do diretor de tecnologia do Itaú Unibanco, Lineu Andrade, a proposta deu certo. “De 250 residentes [de 52 startups], passaremos a contar com 1.250 pessoas trabalhando no Cubo todos os dias”, diz ele. O salto no fluxo diário de pessoas, entre residentes e visitantes, também será grande, de cerca de 600 para mais de 2 mil.

As startups já residentes do Cubo veem a mudança com entusiasmo. Esse é o caso da curitibana Beenoculus, que faz parte da iniciativa desde sua inauguração — quando foi selecionada entre 400 empresas — e deve continuar com o Cubo no novo prédio.

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De acordo com um dos sócios-fundadores da Beenoculus, Rawlinson Peter Terrabuio, permanecer no Cubo é estratégico para a startup, ainda mais com uma maior quantidade de empresas e parceiros. “O Cubo facilita a gente a ter acesso a CEOs, tomadores de decisões e executivos que podem investir no nossos projetos”, diz.

Ele destaca a possibilidade de ter discussões mais abrangentes, sobre temas como investimento e mentoria, de uma forma não restrita ao mercado da realidade aumentada em que a Beenoculus trabalha.

Ao lado de startups que estão lá desde o início, novos parceiros de peso também devem contribuir para o clima de inovação e novos negócios. O Kroton, maior grupo educacional do país, administrará um andar inteiro no novo prédio do Cubo.

“Queremos acelerar a cultura digital na Kroton e oferecer aos nossos alunos a oportunidade de ter contato com o ambiente de inovação e empreendedorismo existente nas startups”, disse o vice-presidente de Tecnologia e Transformação Digital da grupo, Carlos Safini, em material distribuído à imprensa.

Esse andar terá espaços de aprendizagem, estúdios para gravação de vídeos e salas de aulas preparadas para teste de formatos, metodologias e tecnologias. Além disso, uma parte da equipe de inovação da Kroton deve permanecer no local para gerir o relacionamento com as startups e acompanhar de perto potenciais projetos.

A instalação do Kroton no novo endereço foi anunciada em junho. Poucos meses antes, a Coca-Cola e a Business Lab, do Groupe PSA, um dos maiores players de experiência automotiva do mundo, também passaram a integrar o projeto. O Grupo Dasa, que reúne uma série de empresas do setor de medicina diagnóstica, como o o Frishmann Aisengart, também está confirmado. Entre as empresas que já eram parceiras e continuarão com o Cubo no novo prédio estão Accenture, Saint-Gobain, Cisco, Rede e TIM.

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As grandes empresas têm interesse em estar próximas das startups porque, entre outras coisas, elas podem investir em projetos que, se fossem desenvolvidos dentro da empresa, demandariam custo e risco maiores. O sócio-fundador da Beenoculus sabe disso. A startup paranaense oferece uma plataforma em nuvem para a distribuição de vídeo e games a empresas.

Credenciam-se para a residência no Cubo as startups com potencial de escala e que já tenham seu negócio testado e “provado” pelo mercado. “Ou seja, precisa ter clientes”, afirma Andrade. A banca de seleção é formada por Cubo Itaú, Itaú Unibanco e Redpoint eventures.

Entre as novas startups está a Mediação Online, que ocupará o andar destinado às fintechs. Uma das sócios-fundadoras da empresa, Camila Feliciano Lopes, comenta que também há uma expectativa de contato maior com o andar da área de saúde. A Mediação é uma plataforma online para resolução de conflitos jurídicos. Entre seus primeiros grandes clientes estão bancos — entre os maiores litigantes do país.

A startup recebeu investimento e participou de dois importantes programas de aceleração: Wayra Brasil, programa de inovação aberta Telefónica Open Future, e 500 Startups, um dos principais fundos e aceleradoras do mundo, em São Francisco, Califórnia.

Em 2018, a Mediação foi selecionada como startup residente no Google Campus. A partir do próximo mês, parte da equipe ficará neste espaço e outra parte no Cubo. “O Cubo é um espaço de conexão. Lá é onde tudo acontece”, diz Lopes.

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