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Linha de produção da Nutrimental: empresa quer aumentar em 30% a capacidade de sua fábrica em 2012 | Divulgação
Linha de produção da Nutrimental: empresa quer aumentar em 30% a capacidade de sua fábrica em 2012| Foto: Divulgação

A população das classes C e D está trocando a coxinha e o chocolate pela barra de cereal na hora do lanche. Tradicional fabricante de "barrinhas", a paranaense Nutrimental mira agora os emergentes para cumprir a meta de crescer 70% nesse segmento em 2011.

Depois de perder a liderança do mercado em 2009, a empresa voltou ao topo no ano passado, em um plano que incluiu aumento de distribuição e expansão da capacidade produtiva em 20% nos últimos dois anos.

Segundo a Nielsen (empresa especializada em informações de mercado), a Nutrimental tem hoje cerca de 30% das vendas, seguida pela também brasileira Trio. A disputa ainda inclui multinacionais que passaram a apostar nesse filão nos últimos anos, como Nestlé e General Mills.

O segmento de barrinhas movimenta R$ 300 milhões e cresce 25% ao ano, ritmo que dobra quando se fala do consumo das classes C e D, estima Rodrigo Motta, diretor de marketing da Nutrimental. "Há uma mudança de comportamento. Ninguém mais quer comer um pacote de salgadinho às dez horas da manhã", garante.

Pioneira nesse mercado – lançou sua primeira barrinha em 1992 –, a Nutrimental planeja aumentar em pelo menos 30% a capacidade de produção (não revelada) da fábrica de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, em 2012. "O grau de penetração da barrinha nos lares cresceu de 10% para 18%, mas ainda é pequeno, o que mostra o potencial de crescimento desse setor", diz Motta.

Hoje entre 40% e 50% do port­­fólio de barras da marca Nutry é voltado para as classes C e D. Para as classes A e B, a Nutrimental tem buscado agregar funcionalidade ao produto – caso do lançamento, em janeiro, da linha Nutry Ativa, que promete facilitar a digestão e é vendida a R$ 5 no ponto de venda, de acordo com Motta. Para cumprir a meta de crescer 70% nesse segmento, a empresa está reforçando ações de marketing com aumento da distribuição – o volume de distribuidores no país passou de 1 mil para 1,5 mil – e ações de propaganda, como foco na internet e no público-alvo da empresa, com idade entre 18 e 30 anos.

A companhia tem centros de distribuição em São José dos Pinhais, São Paulo, Pernambuco e Minas Gerais, onde também fica a fábrica de farinhas infantis adquirida da holandesa Royal Numico em 2005.

A Nutrimental – que também atua na área de merenda escolar, refrescos em pó, cereais modificados e cereais matinais, cookies e sopas – faturou R$ 270 milhões em 2010 e quer chegar a R$ 350 milhões neste ano, 30% mais.

Apesar de a empresa ser vice-líder na área de cereais matinais, segmento em que ingressou em 2007 para enfrentar gigantes como Kellog e Nestlé, o foco de expansão, pelo menos no curto prazo, está mesmo nas barrinhas. A Nutrimental também exporta o produto para o Mercosul – a marca é líder no Uruguai –, além de farinhas para o continente africano. A companhia, no entanto, não revela os volumes.

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