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Fernando Alves, presidente da PwC Brasil
Fernando Alves, presidente da PwC no Brasil| Foto: Sergio Zacchi/Cordel Imagens

Novas tecnologias surgem a cada dia. Inteligência artificial, realidade virtual e internet das coisas são realidades cada vez mais presentes no dia a dia das companhias. Disrupção é a palavra da moda. As mudanças assumem um ritmo exponencial. E a pergunta que muitos se fazem: como reagir a este cenário?

A mudança é inevitável! Uma pesquisa feita pela consultoria internacional PwC mostra que quase dois terços dos CEOs de grandes empresas mundiais acreditam que a tecnologia irá transformar a forma de fazer negócios nos próximos cinco anos.

Realidade aumentada e virtual, drones, impressoras 3D, internet das coisas, robôs, blockchain e inteligência artificial serão tecnologias essenciais para o funcionamento dos negócios.

Mas o cenário de mudanças exponenciais não está vinculado só a estas áreas. “O novo normal é muito mais do que tecnologias emergentes”, diz Fernando Alves, presidente da PwC no Brasil. Segundo ele, a  transformação não se limita a isso. Outros aspectos que estão impactando o dia a dia de pessoas e empresas são as crises geopolíticas, a disparidade da riqueza, a revolução genética e energética e o populismo.

“O mundo como conhecemos, construído ao final da Segunda Guerra Mundial, não consegue responder a estas mudanças. Há uma erosão das instituições.”

O potencial de transformação chega aos empregos. A pesquisa mostra que, no Reino Unido, 30% deles estão ameaçados pela automação. Na Alemanha, esse percentual é de 35% e nos EUA, 38%.

Mudanças já são realidade

O executivo aponta que o primeiro passo a ser tomado é reconhecer que esse ambiente de mudanças é um cenário que já é uma realidade e não está para vir. “Aí fica mais fácil se adequar a ela.  A partir dessa tomada de consciência torna-se mais fácil estabelecer uma visão de como eu me aproximo dessa transformação.” E esta situação independe do setor em que a empresa atua.

Adequar-se às mudanças é fundamental para a sobrevivência. “A pior estratégia é negá-la. Esse comportamento é fatal”, afirma o executivo. Ele cita o caso da fabricante de filmes fotográficos Kodak, que não se adequou ao mundo das câmeras digitais e à Nokia, que foi líder de mercado no segmento de celulares e não conseguiu se adequar ao mundo dos smartphones.

O exemplo clássico de transformação, segundo ele, é o celular. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que há 228,2 milhões de celulares em operação no país. São mais celulares do que pessoas. E 63,6% usam a tecnologia 4G, que permite acesso rápido à internet. No final de 2016, só um quarto dos aparelhos tinham acesso a essa tecnologia, que, a partir do próximo ano, será substituída pela 5G.

“Se você parar para pensar, num primeiro momento, celular era um negócio que você considerava muito chato. De repente você o usa para tudo: tirar fotografia, fazer seu controle bancário”, lembra o executivo. E as aplicações tendem a ser ampliadas com a tecnologia 5G, cujo leilão está previsto para março de 2020.

Pensamento digital

Um dos caminhos dos executivos neste cenário transformador e disruptivo é o de estimular um pensamento mais digital dentro das empresas. E isso, segundo ele, se faz quebrando paradigmas.

“Você têm de ser inspirador, porque se não for, as pessoas vão perceber a tecnologia como uma ameaça. O líder de uma organização tem de desafiar o status quo e procurar permanentemente desafiar os limites do possível.”

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