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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje que quer ver as reduções de impostos para a classe média prorrogados antes de qualquer discussão sobre a principal proposta do Partido Republicano (de oposição), de prorrogar os cortes de tributos que beneficiam os mais ricos. Durante entrevista coletiva na Casa Branca, o presidente afirmou que democratas e republicanos concordam que as reduções de impostos para a classe média devem ser prorrogadas. "Vamos implementar aquilo que todos concordam que precisa ser feito. Vamos trabalhar nisso", disse Obama.

O presidente usou o debate sobre impostos como exemplo das diferenças entre republicanos e democratas. Os cortes de impostos adotados durante o governo de seu antecessor, o republicano George W. Bush, valem somente até o fim deste ano. Obama quer que sejam prorrogados apenas os que beneficiam a classe média, o que inclui quem tem renda anual de até US$ 250 mil por ano. Os republicanos, por sua vez, querem que os benefícios para os mais ricos também sejam prorrogados, o que é apoiado por alguns integrantes da ala mais conservadora do Partido Democrata.

Obama disse que manter os benefícios para os mais ricos é "uma ideia ruim", porque isso acrescentaria US$ 700 bilhões aos déficits orçamentários durante os próximos dez anos. Ele citou economistas segundo os quais essas benesses são "a pior maneira de estimular a economia".

Para o presidente, os republicanos não apresentaram nenhuma ideia nova sobre como fomentar o crescimento econômico. Ele acrescentou que a turbulência vivida pela economia nos últimos anos é um resultado direto de quase dez anos de domínio político dos republicanos e que somente os democratas têm um plano adequado para enfrentar os ventos contrários.

Sobre outros assuntos, Obama disse ver "obstáculos enormes" para um acordo de paz entre Israel e os palestinos. O presidente também disse que queimar o Alcorão em público - como quer um pastor evangélico da Flórida - seria "a melhor ferramenta de recrutamento para a Al Qaeda". Obama admitiu ainda que "ficou aquém" de suas promessas de fechar a prisão militar de Guantánamo, em Cuba, onde dezenas de suspeitos de terrorismo estão sendo mantidos há anos sem que sejam feitas acusações formais contra eles. As informações são da Dow Jones.

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