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Rio de Janeiro – O mercado de trabalho industrial acelerou em setembro, quando apresentou a maior expansão em relação a mês anterior (1%) apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde maio de 2004. Impulsionada pelo bom desempenho da ocupação – que cresceu 2,8% ante setembro do ano passado –, a folha de pagamento real do setor cresceu 6%, a maior variação na comparação com igual mês de ano anterior desde maio de 2005.

A economista Denise Cordovil, da coordenação de indústria do IBGE, disse que os bons resultados do mercado de trabalho industrial refletem o aquecimento da atividade do setor. Ela destacou que a produção industrial tem sustentado resultados positivos, especialmente em bens de capital e bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos), e são esses os segmentos que estão puxando o emprego.

Em setembro, os ramos com maior crescimento na ocupação, ante igual mês do ano passado, foram meios de transporte (10,5%), máquinas e equipamentos (9,6%) e alimentos e bebidas (4,2%) – segmentos que também foram destaque nos dados de produção industrial nessa base de comparação. Por outro lado, atividades que têm apresentado fraco desempenho na produção e são intensivas em mão-de-obra apresentaram recuo no emprego ante setembro de 2006, como é o caso de calçados e artigos de couro (-9,3%) e madeira (-6,0%).

Para Claudia Oshiro, da Tendências Consultoria, "a pesquisa mostra o reflexo positivo do crescimento da indústria no mercado de trabalho e indica continuidade de demanda doméstica forte nos próximos meses".

Folha

Denise, do IBGE, explicou que os ganhos na folha de pagamento, que já acumula no ano alta de 5% até setembro, refletem o controle da inflação e, ainda, a melhoria do mercado de trabalho industrial, com aumento da ocupação especialmente em segmentos que pagam maiores salários.

Na comparação com setembro do ano passado, entre as atividades pesquisadas, os maiores aumentos na folha ocorreram em meios de transporte (15,6%), produtos de metal (16,9%), alimentos e bebidas (6,2%) e produtos químicos (8,6%).

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