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Dois anos após seu lançamento nos Estados Unidos, a fintech Olivia chega ao Brasil com a missão de ajudar os usuários a economizar e a investir seu dinheiro. Lançada na versão beta na última quarta-feira (3), a plataforma de controle financeiro está disponível para convidados, neste primeiro momento, mas deve ganhar escala já no segundo semestre, para quando está previsto seu lançamento oficial.

“[O lançamento em menor escala] é uma prática comum nos Estados Unidos e também de algumas redes de varejo. Optamos por ela porque queremos aprender com os usuários e proporcionar a eles uma experiência muito boa neste início, para depois escalar”, explica Lucas Moraes, um dos fundadores da fintech que vai concorrer diretamente com o Guiabolso, startup que tem hoje mais de 5 milhões de usuários no país.

A empresa não abre o valor do investimento realizado para trazer a plataforma “para casa” – Lucas e Cristiano Oliveira, outro de seus fundadores, são brasileiros e criaram a empresa no Vale do Silício –, mas aponta o cenário positivo para as fintechs e as parcerias fechadas com empresas com sede no país entre os fatores que o motivam. Entre elas estão as firmadas com o banco Votorantim e a XP Investimentos, que realizou um aporte na empresa no início deste ano e para quem a startup desenvolveu o robô Max, lançado em setembro de 2018.

Conhecer os hábitos de consumo para economizar

Mais do que categorizar os gastos, a Olivia se propõe a ajudar o usuário a economizar e até a dar dicas de como investir ou pagar empréstimos, por exemplo. Para isso, a plataforma usa inteligência artificial para conhecer os hábitos de consumo do usuário a partir do cadastro de sua conta bancária no app e os categoriza em mais de 100 tipos de gastos (restaurante, viagem, supermercado, entre outros), levando em conta a localização das transações. Depois de entendê-los, a Olivia passa a dar dicas e sugestões para que ele compre o mesmo produto ou use o mesmo serviço por um melhor preço.

“Se eu abasteço o carro toda quinta-feira, ela pode recomendar o posto com o combustível mais barato neste dia que fique próximo do meu trabalho. A Olivia está o tempo todo entendendo o passado e prevendo o futuro para recomendar o presente”, explica Lucas. Outra forma de economia deverá resultar de parcerias que a fintech deseja firmar com o objetivo de oferecer descontos, programas de pontos e de cash back para os usuários.

Todos os meses, o app também apresenta o balanço dos gastos, detalhando a receita, os custos fixos, variáveis e quanto o usuário poupou ou não de acordo com sua meta de economia. Nos casos em que haja poupança, a Olivia dará sugestões de como aplicá-la, como pagando uma dívida com a instituição financeira cadastrada ou investindo o dinheiro, por exemplo. Neste último caso, o app irá encaminhar o usuário para a plataforma da XP Investimentos, na qual encontrará opções para aplicar o dinheiro. Esta função estará disponível a partir do lançamento oficial da Olivia.

Na versão beta, disponibilizada por meio de convites, o app não roda com todos os bancos. Lucas garante, no entanto, que a empresa mantém conversas com as grandes e principais instituições bancárias brasileiras e que é questão de tempo para que elas estejam conectadas à plataforma.

Segurança dos dados é base para crescimento em escala

A segurança dos dados é outro ponto destacado pelo fundador da fintech, que afirma ter trazido para o Brasil o mesmo padrão e tecnologia adotado nos Estados Unidos e na Irlanda (onde o app também roda em projeto-piloto), países nos quais cerca de 500 mil usuários já interagiram com a Olivia.

“As informações são criptografadas quando chegam e quando saem. E nós não vendemos as informações sobre os nossos usuários de jeito nenhum, não é o nosso modelo de negócio. A privacidade dos dados é super importante para nós, então temos todo um arcabouço de segurança por trás da nossa plataforma de open banking”, enfatiza.

Aliada à segurança, a interface amigável do app é outro atributo que deverá contribuir para o atingimento das metas audaciosas da empresa, que planeja ter “centenas de milhares” de usuários ativos na plataforma até meados do próximo ano.

“Neste momento, nossa preocupação é a de gerar valor. De entender se os usuários estão gostando da plataforma e ver se a Olivia funciona com as características do mercado financeiro brasileiro para, a partir daí, projetarmos mais metas para o crescimento da base, na Irlanda e no restante da América do Sul”, aponta Lucas. 

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