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A Vivo e a Claro ofereceram durante pelo menos quatro meses ringtones (toques telefônicos) de funks chamados "proibidões". O serviço foi cancelado na última sexta-feira, depois que o EXTRA entrou em contato com as operadoras de telefonia celular. No cardápio de músicas que apareciam com a inscrição "Furacão 2000", o cliente podia adquirir "Vida louca", do Menor do Chapa, e "Bonde passando", da MC Sabrina.

A primeira enaltece uma facção criminosa e pede liberdade para o traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, chefe do tráfico do Complexo do Alemão, preso em Bangu 1. A segunda faz alusão a uma droga conhecida como "boldinho".

Havia versões originais das músicas, que estavam sendo vendidas pelas operadoras no gênero "proibidão". Os dois funkeiros já foram alvo de investigação da polícia por apologia ao tráfico de drogas.

No caso da Vivo, a empresa criou a Vivo Music Tones, uma espécie de revista de música pelo celular. Fazendo o download da página no próprio aparelho, o usuário podia encontrar esses "proibidões". Para baixar cada um desses ringtones, bastava pagar R$5,56. As músicas podiam ser encontradas também no site da operadora.

No caso da Claro, as músicas estavam no site e podiam ser baixadas diretamente para o celular. O preço de cada ringtone: R$4,46.

Clientes menores

Considerados dois dos maiores hits de funks do momento, eles vinham atraindo, principalmente, menores que freqüentam bailes.

- Já conhecia a música. Ouvindo no rádio a versão proibida, eu decidi baixar no meu celular. Mas não tinha conhecimento de que isso era crime - disse a estudante X., de 14 anos.

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