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Confira o aumento na cotação do ouro entre 1995 e 2010 |
Confira o aumento na cotação do ouro entre 1995 e 2010| Foto:

Fundos

Os bons resultados da Vale

Pelo segundo mês seguido, os investidores que destinaram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ações da Vale tiveram a melhor rentabilidade nas aplicações em outubro. Os fundos FGTS-Vale renderam 6,51% no mês, depois de uma rentabilidade de 11,41% em setembro, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), fechados até 26 de outubro. Os fundos de ações indexados ao Índice Ibovespa foram o segundo melhor desempenho do mês, com alta de 1,81%. Já os fundos FGTS-Petrobras foram a pior aplicação de outubro, com queda de 6,49%. No ano, a perda é de 30,79%.

A inflação elevada neste mês ficou acima de diversas aplicações, comprometendo os ganhos do investidor. Os fundos de renda fixa renderam 0,85% no mês, até o dia 26, enquanto os fundos DI tiveram rentabilidade de 0,70%. Os fundos cambiais, por sua vez, ganharam 0,85%. O rendimento da poupança no mês foi de 0,54%. A inflação medida pelo Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) foi de 1,01% em outubro.

O mês de outubro foi positivo para os investimentos de uma maneira geral. Todos fecharam no azul, alguns com altas mais expressivas, como o ouro que se valorizou 7,67%, e a bolsa de valores, cujo índice Ibovespa ganhou 1,79% no mês. Até o dólar, que amargava quedas mensais consecutivas durante o ano, conseguiu recuperar 0,59%, por conta das novas medidas adotadas pelo governo federal para tentar brecar a valorização do real. A elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 4% para 6% em recursos de estrangeiros que investem na renda fixa foi o que mais impactou, segundo especialistas em finanças pessoais, as cotações da moeda americana diante do real no mês passado.

Levando em conta o ano, o dólar ainda acumula queda de 2,35%. A perspectiva para a moeda como investimento, no entanto, não é otimista. "Creio que o dólar estará a R$ 1,60 em dezembro de 2011", diz Roberto Padovani, estrategista de investimentos sênior para a América Latina do Banco WestLB do Brasil.

No caso do ouro, que liderou o ranking de outubro, dois motivos pesaram para a valorização, conforme explica o presidente do grupo Fitta, André Nunes. "As economias lá fora ainda estão muito fracas, o que impede os bancos centrais de aumentar a taxa de juro", diz. "Com isso, os investidores estão buscando aplicações mais rentáveis, em bolsa ou em commodities como o ouro", avalia. Além disso, no caso do Brasil, há um efeito sazonal em outubro que impactou nas cotações do metal precioso. "As joalherias já começam a comprar ouro para produzir as joias que serão vendidas no Natal. Isso sempre pressiona o preço para cima", diz.

Apesar de parte dos especialistas afirmar que o ouro não tem liquidez, sobretudo para pequenos investidores, Nunes afirma que no mercado de balcão o número de negócios vem aumentando. "Na BM&F, o menor contrato custa em torno de R$ 20 mil. Por isso, as corretoras negociam barras menores, de 10 gramas ou R$ 1 mil", diz.

Bolsa e juros

A melhora gradual das perspectivas para a economia mundial, aliada aos sinais de que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) está preparado para dar novas ajudas ao mercado caso haja necessidade, foram o motor propulsor das bolsas. "As bolsas apresentaram altas, em dólares, na faixa de 0% a 8%, com média de 4%", diz Fábio Colombo, administrador de investimentos. Aplicar em prefixados ou pós-fixados não fez diferença em outubro, já que os fundos de renda fixa e os DI renderam 0,63%. Espe­cialistas em finanças pessoais lembram que nas aplicações conservadoras uma dica importante é pesquisar a taxa de administração, que pode corroer a rentabilidade. Esses custo fez com que, por exemplo, os fundos DI destinados a pequenos investidores, geralmente os que cobram as maiores taxas de administração, tivessem retorno de 0,5% em outubro, inferior até à tradicional caderneta de poupança, que rendeu 0,55%. "Em novembro, o rendimento bruto será na faixa de 0,55% a 0,85%", calcula Co­­­­lombo.

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