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Contas públicas

Padilha diz que Bolsonaro deixou “bomba fiscal” para Haddad resolver

Alexandre Padilha
Ministro de Lula afirma que desoneração dos combustíveis criou "bomba fiscal" para Haddad resolver com governadores. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

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O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou uma “bomba fiscal” em relação à desoneração dos combustíveis – e que virou alvo de briga entre estados e a União – e que Fernando Haddad (Fazenda) é quem teve que buscar uma solução.

Padilha saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmando que esta foi uma das medidas do compromisso que o governo tem com a responsabilidade fiscal. Na terça (16), o petista afirmou à TV Record que precisava ser convencido da necessidade de se cortar gastos, e que não enxergava problema em se fazer um pequeno déficit nas contas públicas.

“No ano passado fizeram uma especulação sobre o que seria feito para resolver a bomba fiscal deixada pelo governo anterior em relação aos combustíveis, e o presidente foi firme na decisão reforçando o papel do ministro Haddad em garantir a reoneração naquele momento de forma responsável para garantir o equilíbrio das contas públicas”, disse Padilha em entrevista à CNN Brasil nesta quarta (17).

De acordo com ele, Lula tem um histórico de compromisso com as metas fiscais, e que ele reafirma o respeito ao arcabouço fiscal sempre quando surgem estes rumores.

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Alexandre Padilha disse, ainda, que Lula orientou os ministros integrantes da Junta Executiva Orçamentária a fazer o que for necessário para cumprir as regras do arcabouço fiscal. Ele terá uma reunião nesta tarde com Rui Costa (Casa Civil), Haddad, Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos).

“[Lula disse] se tiver que bloquear, tem que bloquear. Se tiver que contingenciar, tem que contingenciar para garantir o cumprimento do marco fiscal”, pontuou Padilha. O corte pode chegar a R$ 25 bilhões, segundo estimativas iniciais.

Ele ainda disse entender a preocupação das pessoas com a responsabilidade fiscal, já que Bolsonaro teria sido irresponsável e alterado o teto fiscal mais de uma vez.

Na próxima semana, Haddad deve apresentar quais áreas terão contingenciamento de orçamento do que superar os 2,5% de crescimento do PIB. “E, no caso de [falta de] receita, é contingenciamento, porque estamos com essa questão pendente ainda do cumprimento da decisão do STF [Supremo Tribunal Federal] sobre a compensação [da desoneração da folha de pagamento]”, pontuou o ministro.

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