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A decisão do Brasil de publicar uma Medida Provisória autorizando a retaliação em patentes e congelamento de remessas de royalties foi acompanhada com a atenção pela Casa Branca. Mas Washington insiste que ainda há espaço para uma negociação que evite a necessidade de aplicar as sanções

"Esperamos chegar a uma solução para esses assuntos nessa disputa sem que o Brasil tenha de recorrer a retaliações", afirmou a assessoria de imprensa da Representação de Comércio dos Estados Unidos, órgão ligado diretamente à Casa Branca.

Tanto o chanceler Celso Amorim como diplomatas brasileiros confirmaram que o governo americano procurou o Itamaraty no final de 2009 para tentar propor uma solução pacífica para a disputa de mais de sete anos. Mas a oferta realizada de corte de subsídios ilegais ao algodão não convenceu os brasileiros.

Já no Brasil, a desconfiança é de que os americanos estejam tentando ganhar tempo, adiar uma retaliação e conseguir o compromisso do governo brasileiro para que se aguarde a aprovação de uma nova lei agrícola nos Estados Unidos. A esperança da Casa Branca é de que, nessa nova lei, a reforma do setor do algodão ocorra.

O Itamaraty rejeita essa opção, indicando que nem o governo americano sabe quando é que uma nova lei poderia começar a ser negociada. Nos Estados Unidos, o Brasil vem ganhando aliados importantes na luta contra os subsídios do algodão: a indústria. Algumas das maiores empresas americanas deixaram claro à Casa Branca que a iniciativa brasileira de aplicar retaliações poderia ganhar adeptos em outros países emergentes e que quem sofreria pelas violações do setor agrícola americano seriam as empresas exportadoras de bens manufaturados do país.

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