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Para a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), o governo do estado já deveria ter decidido pelo abate quando anunciou a suspeita de febre aftosa, no dia 21 de outubro. Carlos Augusto Albuquerque, assessor da presidência da entidade, lembra que as normas da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) são muito claras quando determinam que os animais devem ser mortos não somente em caso de confirmação do foco, mas também quando existe a suspeita da doença.

Sobre a intenção do vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, de submeter a decisão pelo abate ao Conesa, no dia 11 de janeiro, Albuquerque entende que essa é uma posição que cabe exclusivamente ao governo estadual. Contudo, se for consultado, o dirigente acredita que o conselho deve decidir pelo que determina a OIE – ou seja, pelo abate imediato. A Faep é uma das entidades que integra o Conesa.

Albuquerque destaca, ainda, que o presidente do conselho é o próprio secretário, e que "postergar qualquer decisão é aumentar o prejuízo de toda a cadeia produtiva da carne". O Paraná acumula um prejuízo diário de R$ 4,7 milhões desde o anúncio da suspeita de aftosa. Mais de 50 países embargaram a carne do estado, em restrições que se estenderam à exportação de frango e suínos.

Se optar pelo sacrifício sanitário, o estado pode voltar a ser considerado área livre de febre aftosa em seis meses, a contar da data em que foi morto e enterrado o último boi da área em que foi reconhecido o foco. No caso do abate sanitário, a recuperação do status sanitário anterior demora pelo menos 18 meses e a carne dos animais que teoricamente estariam infectados deve ser consumida no mercado interno. Qualquer que seja a opção, todo o processo deve ser acompanhado por técnicos do Ministério da Agricultura.

O Conesa é um órgão consultivo que reúne entidades públicas e privadas, entre as quais secretarias estaduais, a cadeia produtiva agropecuária, conselhos profissionais da área agronômica e veterinária e representantes do judiciário, além de técnicos dos conselhos agropecuários municipais. Parte dos integrantes do Conesa também compõe a Fundepec, que no dia 12 de dezembro cobrou do governo do estado o abate dos animais da Fazenda Cachoeira.

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