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O governo do Paraná e o Paraguai anunciaram ontem, em Foz do Iguaçu, a intenção de estreitar suas relações comerciais. Entre as principais apostas está a ampliação do canal de comércio bilateral de produtos agropecuários. O estado se comprometeu em investir no intercâmbio tecnológico e oferecer ao país vizinho todas as experiências que vêm desenvolvendo nas áreas de agricultura e pecuária, crédito rural e programas de extensão ao pequeno e médio produtor.

O secretário de estado da Agricultura, Valter Bianchini, diz que o intercâmbio entre os dois governos tem como objetivo incrementar o fluxo já significativo de comércio que existe entre o Paraná e o Paraguai. Bianchini explicou que o reforço não visa, a princípio, o equilíbrio da balança comercial, mais vantajosa para o país vizinho, cujo superávit comercial chega a US$ 200 milhões por ano.

Com as negociações, o Paraná passaria a ter prioridade na lista de compradores do gergelim paraguaio para o processamento na indústria local. "Queremos incrementar a importação de alguns produtos paraguaios como o milho e a soja e também o gergelim para a produção de óleo. Ao mesmo tempo, vamos dar continuidade a programas importantes como as ações integradas e compartilhadas nas regiões de fronteira." Na lista de exportações para o país vizinho estão a carne de gado, de frango e de suínos, produtos madeirados e os de nicho, como o gergelim – produto vítima de uma ação de atravessadores que, segundo o governador Roberto Requião, exploram o produtor e retêm o lucro.

O ministro da Agricultura do Paraguai, Candido Bejarano, destacou a excelência do estado na tecnologia de ponta e de sementes de grande rendimento, como o feijão. "A viabilidade do mercado paranaense, com a facilitação e simplificação da burocracia que envolve o comércio dos nossos produtos também será importante."

Uma das primeiras ações para a concretização do intercâmbio será a visita ao Paraná de uma missão de 30 agricultores paraguaios e de membros do Ministério da Agricultura para conhecer as técnicas de produção agrícola que serão compartilhadas.

As negociações fazem parte do plano de integração e estruturação latino-americano, no chamado Eixo de Capricórnio, que se estende desde o Noroeste do Chile até o litoral do Paraná.

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