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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A região metropolitana de Curitiba tem tudo para virar um pólo industrial de cosméticos, semelhante ao de Diadema, em São Paulo. Há alguns meses, o Sebrae iniciou um projeto com as indústrias da região. A intenção é a constituição de uma personalidade jurídica única, que reúna o maior número de empresas interessadas e com potencial de crescimento. O projeto reflete a importância do Paraná na indústria de cosméticos nacional. De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o estado tem a terceira maior concentração de empresas (148), atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.

"Na minha avaliação, o Paraná está em uma posição estratégica, já que os principais mercados consumidores estão no Sul e no Sudeste. Também considero um fator importante a expectativa de vida maior e a busca por um bem-estar físico", avalia a gestora do projeto de cosméticos do Sebrae no Paraná, Carla Brustulin. A ação é uma parceria com a Abihpec e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

No primeiro semestre deste ano, o Sebrae fez uma pesquisa de mercado com 40 empresas instaladas na capital e no interior do estado. "Temos empresas grandes, como O Boticário e Racco, mas a predominância é de micro e pequenas." Muitas delas estão no mercado há bastante tempo, há mais de 10 anos, e existem algumas que estão operando há 25 anos", diz Carla. "Há muita concorrência, mas as empresas de menor porte conseguem sobreviver porque fazem lançamentos constantes." Das indústrias entrevistadas, 78% lançaram algum tipo de produto nos últimos 12 meses e 67% disseram pretender lançar um novo nos próximos meses. "A maioria lança um produto de inovação em até dois anos, seguindo sempre as tendências nacionais e as que vêm da Europa."

Entre as dificuldades que precisam ser sanadas pelo pólo embrionário estão a aquisição de matérias-primas e a comercialização e distribuição dos produtos. De acordo com a pesquisa, 60% das matérias-primas essenciais vêm de outros estados. As empresas sofrem dificuldades logísticas, com alto custo dos fretes, estradas ruins, manutenção alta de estoque, curto prazo para entrega e distribuidores pouco capacitados. "Temos que trabalhar todos os elos da cadeia produtiva. De outra forma não mudaremos o patamar de competitividade do setor."

Grande parte do faturamento das pequenas empresas é fruto da produção feita para terceiros. O Laboratório Lapronac, além de comercializar produtos com a marca própria Lucy’s, produz sob encomenda. São produzidos 527 itens por mês, em uma fábrica com apenas 12 funcionários. "Temos máquinas de última geração e uma programação diária e mensal para produção, compra de matérias-primas e vendas", diz o sócio da empresa, Paulo Friedrich.

A Leclair Cosméticos, de São José dos Pinhais, também faz produtos para terceiros. Ao todo, são produzidos 120 itens diferentes, na fábrica com 140 funcionários. "O trabalho é bastante artesanal, exige muita mão-de-obra", diz o fundador da empresa, Roberto Papov. Mas a Leclair aposta na consolidação da marca própria, com 35 itens, que surgiu em 2001, três anos após a abertura da empresa. Geralmente comercializada em lojas de perfumaria multimarcas em vários estados do Brasil, a marca ganhou um espaço específico há um ano, com a abertura de uma loja no Shopping Novo Batel, em Curitiba. "Estamos presentes em 500 pontos de venda, mas temos interesse em abrir novas lojas. Nossa força está focada na nossa marca", diz o diretor de marketing, Rodrigo Papov.

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