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O braço de mineração do império do bilionário israelense Beny Steinmetz acusou o governo de Guiné de "confiscar ilegalmente" seus ativos através de uma investigação sobre como a empresa ganhou seus direitos minerários para um enorme depósito de minério de ferro.

A BSG Resources, uma empresa privada que vem trabalhando no país do oeste da África em parceria com a brasileira Vale, confirmou que recebeu uma carta de uma comissão do governo alegando comportamento inadequado e corrupção ao ganhar os direitos minerários para desenvolver blocos na região de Simandou.

O jornal Financial Times relata neste sábado que um comitê do governo apoiado pelo filantropista George Soros iniciou uma investigação de corrupção a respeito do processo de concessão dos blocos em 2008 e enviou uma carta à BSG incluindo uma série de acusações.

Os blocos foram tomados da mineradora Rio Tinto, e as licenças foram passadas à BSG em 2008, durante o governo anterior. Acredita-se que Simandou, que fica no montanhoso sudeste de Guiné, possa ter a maior reserva de minério de ferro inexplorada do planeta.

"Esta é a quinta e mais desajeitada tentativa por parte de um já desacreditado governo da Guiné em sua atual campanha para tomar os ativos da BSGR", disse a empresa num comunicado.

A companhia disse que as licenças foram emitidas "através de processos transparentes e legais" e que havia sido auditada como legal por uma firma de direito internacional contratada pelo governo.

A Reuters não teve acesso à carta do governo e não conseguiu contactar autoridades da Guiné para confirmar seu conteúdo, as acusações feitas pelo comitê ou o status de qualquer investigação a respeito dos contratos.

As relações entre o governo de Guiné e as mineradoras operando no país têm sido tensas desde que o governo decidiu começar uma revisão da sua legislação sobre o setor para aumentar a participação estatal nos projeto e reavaliar todos os contratos relacionados aos recursos naturais.

A BSG, que tem um histórico de operar em algumas das topografias mais difíceis da África, trouxe a Vale para desenvolver em conjunto os blocos em Guiné, mas no mês passado a empresa brasileira anunciou que suspenderia o projeto, priorizando projetos no Brasil.

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