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O Parlamento alemão aprovou hoje uma contribuição de até 147,6 bilhões de euros para o pacote de 750 bilhões de euros dos países da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), destinado aos países da zona do euro em risco de calote.

A Câmara Alta do Parlamento ratificou a lei, após a Câmara Baixa aprová-la mais cedo hoje, em um debate acalorado, com críticas da oposição. Alguns parlamentares da coalizão de centro-direita da chanceler Angela Merkel não apoiaram as medidas. A lei passou com 319 dos 587 possíveis na Câmara Baixa, com 195 e 73 deputados votando contra.

A aprovação na Câmara Alta, que representa os 16 Estados alemães não era necessária. Mas essa Casa poderia ter atrasado a entrada em vigor da lei, ao mandá-la para um comitê de conciliação, o que acabou não ocorrendo. Agora, o presidente alemão, Horst Koehler, precisa assinar a lei para ela entrar em vigor. Ele deve fazer isso rapidamente.

A aprovação ocorreu apesar da forte impopularidade do pacote de ajuda entre a população alemã. O sim da Câmara Baixa era esperado, pois a coalizão da União Democrata Cristã (CDU), de Merkel, e do Partido Liberal Democrata (FDP) controla a Casa. Mas o pacote é controverso e seu apoio teve um preço para o governo. A administração teve de desistir de sua ideia de pressionar por uma contribuição do setor financeiro para cobrir os custos da atual crise.

Os partidos de oposição criticaram essa promessa, qualificando-a como muito vaga. Segundo eles, o pacote foi aprovado às pressas. O ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, apoiou a aprovação do pacote, mas disse que algumas lições devem ser aprendidas. "Nós devemos assegurar que as fontes de especulação sejam abolidas", afirmou. O ministro defendeu a redução dos déficits em todos os países da zona do euro e o fortalecimento dos instrumentos do Pacto de Estabilidade e Crescimento Europeu.

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