Cerca de 15% da população brasileira 24,5 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, de acordo com o censo de 2000. Não é pouca gente e não são poucas as dificuldades que elas enfrentam. Esses números viraram oportunidade de trabalho para as empresárias Mirella Prosdócimo e Tatiana Moura (foto). Elas criaram, em 2008, a Adaptare, empresa especializada em preparar as empresas, indústrias e locais públicos para receber profissionais com necessidades especiais e permitir que eles convivam sem dificuldades no ambiente de trabalho. No Fórum de Reabilitação, Inclusão e Tecnologia Reatiba, que ocorre na próxima terça-feira, na Unindus (Avenida Comendador Franco, 1341, em Curitiba) , as sócias vão apresentar aos participantes o escritório acessível, um projeto inédito desenvolvido por elas, além de outras novidades, como conta Tatiana ao repórter Carlos Guimarães.
Como a Adaptare nasceu e quais os serviços que a empresa oferece?
Nós identificamos a dificuldade de recolocação das pessoas com deficiência no mercado porque as empresas não têm estrutura adequada. Diante disso, fundamos a Adaptare, que trabalha com projetos de acessibilidade, venda de produtos específicos e treinamento de pessoal.É grande o número de empresas preocupadas com isso?
Por causa da Lei de Cotas obrigatória para as indústrias (Lei 8.213/91), o pessoal está se mexendo, principalmente temendo as autuações do Ministério Público e as multas. As empresas precisam contratar, mas não estão preparadas. A procura está crescendo. Nós temos cerca de 20 clientes e estamos prospectando outros 50 espalhados pelo país.
A Copa do Mundo no Brasil será importante para fazer o mercado se preparar?
Os próximos três anos serão cruciais. Por causa do evento, os hotéis, ruas, comércio, restaurantes e locais públicos terão de se adaptar. A Copa será um divisor de água para o país quando o assunto é acessibilidade.
Quais são os projetos futuros da Adaptare?
Na Feira, nós vamos apresentar um escritório acessível, com mesa e banheiro adaptados. Também vamos lançar o kit de barras móvel, produto trazido da Itália e novidade no Brasil. Também estamos desenvolvendo o projeto de casa 100% acessível.
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Movendo palitos
Enquanto a Justiça não define a quem cabe o licenciamento ambiental se ao IAP, órgão estadual, ou ao Ibama, federal , a norueguesa Subsea 7 continua movendo palitos para instalar sua base em Pontal do Paraná. A empresa quer construir, de frente para o mar, um estaleiro para a montagem de dutos submarinos para o setor petrolífero e, junto com o IAP, vem realizando audiências públicas na região e apresentando seus planos. Como parte do píer ocupará águas do município vizinho de Paranaguá, executivos da Subsea se reuniram na semana passada com o prefeito, para encaminhar os pedidos de autorização ao empreendimento. A obra é orçada em R$ 100 milhões e, quando pronta, deve gerar 600 empregos.
Na sexta-feira, a Vetor Tecnologia, de São José dos Pinhais, se encontrou com Mário Lobo Filho, superintendente dos portos paranaenses. A companhia lhe entregou o estudo de viabilidade técnico-econômica (EVTE) do estaleiro naval e da fábrica de tancagens que pretende instalar em Antonina. Assim como a Subsea 7, a intenção da Vetor é fornecer equipamentos para a futura exploração do pré-sal.
A sombra
Os carteiros de sete municípios do Paraná têm bagagem extra neste mês. Eles estão entregando de porta em porta, em 800 mil residências, a cartilha da Sombra do Imposto, criada, pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) para conscientizar a população sobre o sistema tributário brasileiro. O material está sendo distribuído em Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel.
Outras 200 mil cartilhas estão à disposição do público nas unidades do Sistema Fiep em todo o estado, e o material pode ser lido no site www.sombradoimposto.org.br, onde também podem ser pedidas cópias da cartilha. O texto alerta para o tamanho da carga tributária brasileira, que está presente, tal qual uma sombra, na vida de todo mundo.
Ecos da feira
Empresários que participaram da Transportar 2010 em Curitiba esperam atingir em dois meses um volume de negócios equivalente a R$ 26 milhões, como resultado dos contatos feitos nos três dias do evento promovido pelo Setcepar, o sindicato dos transportadores. Metade desse resultado já foi alcançada, segundo os organizadores. A próxima edição será em 2012.
Lotado
Um recorde de ocupação 98,56% da capacidade marcou a última quarta-feira, dia 10, na rede de hotéis Deville. Nas 11 unidades do grupo, apenas 82 dos 1.658 apartamentos estavam livres para hóspedes de última hora. A receita bruta do dia bateu os R$ 450 mil. "É uma vitória de todos", comemorou o diretor Cícero Vilela, referindo-se aos 2 mil funcionários e aos investidores da rede.
Em 2010 e 2011, a Deville está investindo R$ 16 milhões em ampliação e remodelação das unidades. O grupo é paranaense mas já atua nos estados do Sul, Sudeste, Centro Oeste e Nordeste.
Más barato
Os brasileiros já estavam se acostumando com tarifas parecidas para passagens de avião e de ônibus, mas no Paraguai isso parece ser novidade. Tanto que a abertura de novos voos da Webjet de Foz do Iguaçu para Curitiba e São Paulo chamou atenção por lá. Segundo o diário La Nación, de Assunção, uma passagem de Foz a Brasília sairá pelo equivalente a 307 mil guaranis (R$ 114), mais barato do que ir de Ciudad del Este a Brasília de ônibus.
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