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A Petrobras importará em maio mais 1 milhão de barris de gasolina para garantir o abastecimento no aquecido mercado interno, disse o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, nesta terça-feira.

A estatal já importou 1,5 milhão de barris em abril. Com o novo carregamento, segundo Costa, o volume total importado será suficiente para seis dias de consumo, já que atualmente o Brasil demanda 400 mil barris por dia.

"A importação é mais para ter um estoque de segurança. Podemos ter aumento no consumo de gasolina, mas a gasolina não vai faltar", disse o diretor a jornalistas após assinatura de um contrato para fornecimento de água reutilizada para o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).

"Esse volume de 2,5 milhões de barris não significa nada em comparação ao nosso consumo diário de cerca de 400 mil barris", acrescentou.

Costa disse ainda que as refinarias estão operando a plena capacidade para atender a forte procura, produzindo entre 380 a 400 mil barris por dia de gasolina.

De acordo com o diretor, não apenas o consumo de gasolina está aquecido, mas também o de outros derivados vendidos pela empresa.

No primeiro trimestre, o consumo médio de derivados líquidos vendidos pela estatal cresceu 4,5 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

Ele disse no entanto que, com a entrada da produção de etanol da nova safra, o consumo de gasolina poderá recuar nos próximos meses. "Tudo leva a crer que vamos ter mais consumo de etanol com a entrada da safra."

O consumo de gasolina cresceu nos últimos meses após o etanol ter ficado menos competitivo do que o combustível fóssil, durante a entressafra de cana no centro-sul do Brasil.

Nas usinas, o preço do etanol anidro (misturado à gasolina) finalmente recuou na última semana no Estado de São Paulo, o principal produtor de cana do Brasil.

PREÇOS

O diretor afirmou que a empresa mantém a sua política de reajuste dos preços de combustíveis no Brasil, apesar da alta nas cotações internacionais.

"Continuamos analisando dentro da política de longo prazo", disse Costa, sobre um possível reajuste da gasolina.

A Petrobras busca não trazer a volatilidade do mercado internacional para o mercado interno.

Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que, se a Petrobras for obrigada a aumentar os preços dos combustíveis, em meio a cotações mais altas no mercado internacional, o governo utilizará a estratégia de reduzir a Cide (imposto incidente sobre comercialização) para que não haja aumento para o consumidor.

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