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O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, previu hoje que o Brasil alcançará a autossuficiência na produção de derivados de petróleo até 2014. Até lá, projetou, a capacidade de refino do país saltará dos atuais 2 milhões de barris por dia para 2,4 milhões com a entrada em produção de novas refinarias em planejamento pela Petrobras. Costa apresentou a projeção durante a sua palestra hoje à tarde num painel do Rio Oil & Gas, feira de negócios do setor realizada no Rio.

Segundo Costa, a projeção foi feita levando em consideração um crescimento médio da economia de 3,5%, o que ele mesmo considerou conservador, diante da expectativa de crescimento maior nos próximos anos. "Como brasileiro, torço para ser ainda maior", disse Costa, em entrevista após a palestra. Segundo ele, mesmo que o crescimento da economia impulsione a demanda por combustíveis para além do esperado pela Petrobras, a autossuficiência ainda poderia ser garantida em 2014.

"Não estou dizendo que vamos fazer, mas temos possibilidade de adiantar alguns dos projetos de refinarias mais à frente", disse o executivo. "Acho muito difícil que não aconteça (a autossuficiência) em 2014".

Costa admitiu que houve necessidade de importação de gasolina no primeiro semestre deste ano diante do aumento do consumo no país com a elevação dos preços do álcool, mas negou que haja necessidade de nova importação do combustível este ano. Ele se disse impedido de fazer previsões, mas afirmou que o mercado de combustíveis continuará aquecido no segundo semestre, depois do crescimento recorde de 12% registrado na primeira metade deste ano. Segundo ele, o que está puxando a alta de consumo de combustíveis é o óleo diesel, o GLP e o querosene de aviação.

De acordo com Costa, o país importa hoje, principalmente nessas três modalidades, o equivalente a um volume entre 100 mil e 120 mil barris por dia. Enquanto isso, exporta cerca de 70 mil a 80 mil barris diários de gasolina e óleo combustível. Para ele, este déficit deixa o país em risco de desabastecimento, sobretudo em relação ao óleo diesel.

"Já completamos toda a capacidade de expansão das refinarias existentes. Agora tem que investir em novas. Ou investe ou vai ter de importar", disse Costa.

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