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A Petrobras talvez consiga custos menores de captação na operação de reabertura dos bônus com vencimento em 2019, que deve ser fechada na quarta-feira, disseram à Reuters pessoas próximas do negócio.

A reabertura do bônus global, que tem um cupom de 7,875 por cento, tem o objetivo de pagar um empréstimo-ponte de 6,5 bilhões de dólares que vence no final do ano que vem, disse o diretor financeiro da empresa Almir Barbassa, em entrevista à Reuters.

Uma fonte informou que a estatal contratou o JPMorgan Chase & Co., HSBC Holdings, Banco Santander e Citigroup para realizar a operação de reabertura. Anteriormente, a Petrobras havia informado que os mesmos bancos que realizaram o empréstimo-ponte (além dos quatro acima, mais Banco do Brasil e Societe Generale) tinham mandato para realizar as captações necessárias para substituir a linha de 6,5 bilhões de dólares.

Dois investidores que estão participando do negócio acreditam que ele seja concluído com rendimento de 7 por cento, indicando uma melhoria nas condições de crédito no mercado. A primeira operação com esse bônus, em fevereiro, foi fechada com rendimento de 8,125 por cento.

"É uma das poucas companhias de petróleo do mundo que possui os meios para aumentar suas reservas substancialmente nos próximos 10 anos", disse Dario Pedrajo, gestor de ativos de aproximadamente 100 milhões de dólares na Kapax Investment Advisors, baseada em Miami.

"O rendimento deve ser menor, porque o mercado de crédito melhorou", acrescentou.

Para financiar o seu volumoso plano de investimentos de 174 bilhões de dólares de 2009 a 2013, a Petrobras já assegurou crédito de 12,5 bilhões de dólares com o BNDES, 2 bilhões de dólares com o EximBank dos EUA e 10 bilhões de dólares com o Banco de Desenvolvimento da China, além dos 6,5 bilhões de dólares do empréstimo-ponte com um pool de seis bancos.

Com isso, a empresa diz que, considerando os preços atuais do petróleo, o plano já está financiado, faltando apenas substituir o empréstimo-ponte emitindo dívida.

A reabertura é um sinal de que os mercados de dívida estão se reabrindo para o Brasil. A Eletrobras deverá vender papéis denominados em dólares nas próximas semanas.

O governo brasileiro levantou 1,75 bilhão de dólares em duas vendas de bônus neste ano. E o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) colocou 1,5 bilhão de dólares em bônus no mercado no mês passado.

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