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A reforma da destilaria e a unidade de gás propeno estão entre as mais importantes obras previstas para a Repar nos próximos cinco anos. Além de acabar com a dependência de petróleo importado, elas vão permitir o aumento da produção de derivados "nobres" do óleo que a refinaria já produz – como como diesel, gasolina, GLP e nafta –, além do propeno, uma novidade na Repar.

O primeiro objetivo da modernização da unidade de destilação é ampliar em 10% a capacidade de processamento de petróleo da Repar, que vai passar de 200 mil barris para 220 mil barris por dia. Mas o plano principal é capacitar a refinaria a processar 100% de petróleo nacional, que é mais pesado e tem fracionamento mais difícil. Hoje, 30% do óleo usado pela Repar é importado, mais leve e caro que o brasileiro.

Entre janeiro e outubro, a Petrobrás importou quase 2 milhões de toneladas de petróleo para a Repar, ao custo de US$ 1,032 bilhão, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 60% em volume e 131% em valor. Com isso, o petróleo é hoje o principal produto importado pelo Paraná, respondendo por um quinto das compras internacionais do estado.

A unidade de propeno, que deve produzir 150 mil toneladas por ano – a capacidade máxima será de 180 mil toneladas –, pode atrair a Suzano Petroquímica ao Paraná. Toda a produção já está vendida para a empresa paulista, mas, segundo especialistas, o volume anual teria de chegar a 300 mil toneladas para viabilizar a construção de uma fábrica da Suzano no Paraná. "Se houver interesse, podemos fazer estudos sobre como elevar a produção. Mas ainda não há qualquer estudo, não sabemos se teríamos que ampliar a unidade de propeno ou mesmo construir uma outra", disse o gerente de empreendimentos da Repar, Oscar Tokikawa.

Os demais projetos, que serão implantados na seqüência, vão diminuir a produção de óleo combustível, mais barato, também com o objetivo de aumentar o volume de outros derivados de maior valor agregado – como o coque, usado na produção de energia e cimento.

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