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Produtores norte-americanos finalizam plantio de soja no Meio-Oeste dos EUA: cerca de 4% da área ainda precisa ser semeada | Mike McGinnis/Agriculture Online
Produtores norte-americanos finalizam plantio de soja no Meio-Oeste dos EUA: cerca de 4% da área ainda precisa ser semeada| Foto: Mike McGinnis/Agriculture Online

Os Estados Unidos irão cultivar na temporada 2009/10 a sua maior área de soja e a segunda maior área de milho da história. É o que indica o primeiro relatório de área plantada do USDA (o departamento de agricultura do país), divulgado ontem pelo órgão. Nas contas do governo americano, o plantio da oleaginosa crescerá 2% ante o ciclo anterior, para 31,3 milhões de hectares. Já o cereal ocupará extensão 1% superior à do ano passado, num total de 35,2 milhões de hectares.

Os números surpreenderam o mercado, que esperava uma área de milho menor e um plantio de soja ainda maior que o projetado pelo USDA. Como os trabalhos de campo começaram em ritmo lento nos EUA por causa do clima frio e seco durante a primavera, analistas imaginavam que os produtores seriam obrigados a transferir para a oleaginosa áreas inicialmente planejadas para o cereal. "No final de maio, entretanto, condições climáticas mais favoráveis permitiram o avanço dos trabalhos de campo", afirma o USDA no relatório.

Bolsa de Chicago

A notícia de que o cereal iria ganhar terreno nos EUA em 2009 e não perder, como era previsto, pressionou o preço do grão, que encerrou os negócios do dia no limite de baixa na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato julho/09, de primeira posição, terminou o pregão cotado a US$ 3,4775 o bushel (25,4 quilos), o equivalente a US$ 8,21 por saca de 60 quilos. É o menor valor de fechamento desde o início de março. Na avaliação de Flávio França Jr., analista da Safras&Mercado, apesar de os números do USDA terem repercutido de maneira negativa no mercado, não devem alterar a tendência de longo prazo para o cereal, que continua positiva.

No caso da soja, explica o analista, a tendência também é de preços mais altos no futuro. Ontem, contudo, a oleaginosa terminou o pregão em baixa na CBOT. A exceção foi o primeiro contrato (jul/09), qua avançou pouco mais de 11 pontos, para US$ 27,05 a saca. Os demais vencimentos caíram entre 2 e 6 pontos na sessão de ontem.

No mercado interno, o milho acompanhou o tom negativo, mas a soja resistiu à queda das cotações internacionais. No Paraná, o preço do cereal recuou 1,16% e o da oleaginosa avançou 0,68%.

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