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Ghosn recebeu uma terceira denúncia, baseada na acusação de "tokubetsu haininzai" ("crime de traição especial") | ERIC PIERMONT/AFP
Ghosn recebeu uma terceira denúncia, baseada na acusação de "tokubetsu haininzai" ("crime de traição especial")| Foto: ERIC PIERMONT/AFP

A pedido da Promotoria de Tóquio, a Justiça japonesa prorrogou, neste domingo (23), por dez dias a prisão de Carlos Ghosn, 64, ex-presidente do conselho de administração da Nissan, detido desde 19 de novembro.  

A detenção provisória de Ghosn já havia sido foi prorrogada por 48 horas na manhã da última sexta-feira (21, fim de noite de quinta, 20, no Brasil). Agora, ele tem prisão prevista até 1º janeiro, quando os procuradores japoneses poderão pedir nova prorrogação de dez dias se julgarem necessário. 

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A decisão da Justiça ocorre logo após a Promotoria japonesa anunciar a terceira denúncia contra Ghosn, baseada na acusação de "tokubetsu haininzai" ("crime de traição especial") —no caso, traição financeira em relação à Nissan. 

No sistema judiciário japonês, "tokubetsu hainin" é usado geralmente para incriminar membros do alto escalão das empresas, que se aproveitam do patrimônio da empresa em benefício próprio e, com isso, causam prejuízos a ela. Prevê uma pena de até 10 anos e multa de até 10 milhões de ienes, ou ambos.

Ghosn havia sido detido inicialmente por 20 dias, até 10 de dezembro, quando foi interrogado sobre supostas fraudes cometidas. Ele é suspeito de ter ocultado US$ 44 milhões (R$ 169 milhões) do valor total de sua remuneração, entre 2010 e 2015. 

A Promotoria, então, pediu a prorrogação por mais dez dias, que foi aceita, para investigar as suspeitas de fraudes do executivo brasileiro de 2015 em diante.

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