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Além de extrair um volume de petróleo equivalente à demanda do país, o Brasil também deverá alcançar a auto-suficiência na produção de gás liquefeito de petróleo (GLP - o gás de botijão) no ano que vem. A expectativa é do Ministério de Minas e Energia e foi confirmada nesta sexta-feira pelo diretor do Departamento de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Ministério, Claudio Akio Ishihara, que participou do seminário "O Papel do GLP no Cenário Energético da Indústria, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Ishihara explicou que a expectativa é de que a produção de GLP aumente com a entrada em operação da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do campo de Manati, na Bahia, prevista para 2006 e que produzirá o combustível a partir do gás natural. Alé disso, o representante do Ministério disse que as ampliações e reformas das refinarias da Petrobras também está contribuindo para o aumento da produção de GLP. Nas refinarias, o combustível é produzido a partir do petróleo.

Segundo Ishihara, nos últimos 12 meses, as vendas de GLP no Brasil foram de 12 milhões de metros cúbicos, dos quais 1,5 milhão foram importados. O diretor não soube dizer exatamente qual seria o aumento da produção com a entrada em operação da UPGN e com as reformas da Petrobras e ressaltou que a expectativa do ministério dependerá do comportamento da demanda pelo combustível.

- Essa é nossa expectativa, mas isso vai depender se o consumo se mantiver estável ou cair um pouco - disse Ishihara, lembrando que, nos últimos anos o consumo de GLP tem caído.

O diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), Adriano Pires, que apresentou palestra no mesmo seminário disse que a dependência de importações de GLP no mercado brasileiro caiu de 43%, em 1999, para 6%, em 2005.

Na opinião de Pires, há ainda algumas restrições ao consumo de GLP na legislação brasileira que não deveriam mais existir, porque o cenário é de queda no consumo e de aumento da produção nacional do combustível. Ele defendeu o fim da proibição do uso de GLP em motores, no aquecimento de caldeiras e em automóveis que está em vigor na legilação.

A mesma opinião foi defendida pelo presidente da Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello. O executivo disse no seminário que, pela projeção das empresas, o impacto no aumento da demanda de GLP com o fim das restrições chegaria, no máximo, a 1% ao ano.

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