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Antes de tomar qualquer atitude, descubra o que está por trás daquele comportamento | Bigstock/
Antes de tomar qualquer atitude, descubra o que está por trás daquele comportamento| Foto: Bigstock/

Quase 100% dos funcionários reclamam dos chefes. Quando o problema é a falta de decisões, ou a mudança constante de ideias, o funcionário pode ficar perdido, dizem especialistas. “Isso pode deixar você maluco, pois sem direcionamento, não sabe o q ue fazer”, alerta Sydney Finkelstein, diretor do Centro de Liderança Norte-Americano.

Confira as cinco dicas

Lidar com a situação não é fácil. “Até porque se ele é um chefe indeciso, não é um líder”, diz Gilberto Guimarães, consultor, psicanalista e professor de Teoria da Decisão, Liderança e Programas Corporativos em organizações como FGV e USP.

Ambos os especialistas concordam que, antes de qualquer atitude, é preciso entender a situação. Finkelstein recomenda aos funcionários “descobrir o que está por trás daquele comportamento”.

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Autor do livro Liderança Positiva, Guimarães completa: “Uma pessoa não toma decisões porque está insegura e isso está muito ligado à preocupação com a autoimagem. Como ela tem medo de cometer erros, prefere não escolher e seguir o senso comum”.

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O professor brasileiro recomenda que, ainda que o funcionário não tenha a obrigação, é possível ganhar pontos ao dar conselhos ao chefe. A dica, nesta situação, é ser honesto sem ser agressivo. Finkelstein recomenda que a conversa seja individual.

Cinco dicas para falar com seu chefe indeciso

A Gazeta do Povo listou cinco opções que podem ajudar você a fazer seu chefe tomar decisões e “desempacar” a equipe:

Construa confiança : Finkelstein recomenda mostrar conhecimento. Forneça dados e números que possam levar à decisão mais acertada. “Mostre a ele que o risco da escolha é minimizado por esse estudo que você mesmo fez”, emenda Guimarães.

Tome a frente : se você tem certeza de que tem a decisão é a mais correta, o especialista em Teoria da Decisão indica que o funcionário tome a posição de líder. “Caso seja um participante do processo de escolha, se responsabilize pela decisão. Caso contrário, relaxe”, diz. Essa pode ser uma forma de conquistar novas responsabilidades.

Busque aliados: tente conversar com pessoas que podem influenciar seu chefe e com quem você tenha um bom relacionamento. “Simplesmente busque um conselho sobre o que fazer”, diz Finkelstein. Uma boa pergunta, segundo o especialista, pode ser: “Estou buscando melhores formas de atingir os objetivos da nossa equipe, alguma ideia?!”. Você pode usar as sugestões como argumentos coletados e convencer o gestor.

Seja o último a dar a ideia: se o chefe vive mudando de opinião, Guimarães dá uma “dica psicanalítica”. “Se geralmente a última pessoa com quem conversa com o chefe é que faz a cabeça, saia das reuniões por último”.

Proteja-se: equipes e chefes pouco produtivos podem prejudicar a reputação e o desenvolvimento de carreira da equipe, segundo Finkelstein. Guimarães concorda: “Cada pessoa tem uma causa primeira de autopreservação. Se nada adiantar, ‘puxe a corda do ônibus’ e tente trocar de equipe”.

Um último conselho é aprender com a situação. “Só posso aprender quando admito que o outro sabe mais. Precisamos ter humildade, e evitar se fechar por insegurança”, aconselha Guimarães. Diferente do chefe, o segredo é não se acomodar.

Com informações da Harvard Business Review.

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