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Notas de Curitiba em 2007

Educação: 133,36

posição: 5

Economia: 104,81

posição: 30

Saúde:115,27

posição: 32

Geral:120,83

posição:8

Notas em 2006

Educação: 129,89

posição: 6

Economia: 108,75

posição: 39

Saúde: 111,53

posição: 33

Geral: 121,23

posição: 5

Outras cidades paranaenses que aparecem no ranking:

Londrina está em 28.º lugar; Maringá, 33º; Cascavel, 68.º; Guarapuava, 78º. Ponta Grossa, 82.º e São Jpsé dos Pinhais em 83.º.

O professor Moisés Balassiano, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), parceira do Instituto Superior de Administração e Ensino de Curitiba (ISAE/FGV-PR), visitou Curitiba dia 2 de agosto para expor a empresários sua pesquisa "As 100 melhores cidades para fazer carreira", publicada na edição de julho da revista "Você S/A", da Editora Abril, na qual Curitiba conquistou o oitavo lugar. A pesquisa, que é realizada anualmente, está em sua sexta edição, mas é a segunda vez que os pesquisadores usam os mesmos indicadores. "Só agora conseguimos definir quais indicadores nos dão uma resposta precisa", comenta. Segundo Balassiano, a pergunta fundamental que a pesquisa pretende responder é saber onde estão as melhores cidades para as pessoas se desenvolverem pessoalmente. Para isso, são analisados os três aspectos principais. O primeiro diz respeito à Educação, oferta de cursos de especialização e graduação na cidade; o segundo é a Economia, o vigor econômico da cidade, o montante de dinheiro que circula no centro, analisado pelo Produto Interno Bruto (PIB) e Imposto Sobre Serviço (ISS) per capita e o terceiro é Saúde, a oferta de serviços de saúde, calculada pelo número de leitos e especialistas disponíveis para grupos de mil habitantes.

A capital paranaense já havia conquistado colocação entre as dez primeiras no ano passado - era a quinta - , mas sua queda se deve não somente à diminuição da nota e sim ao bom desempenho dos municípios paulistas de São Caetano do Sul (4.º) e Barueri (7.º), que pela primeira vez conquistaram o topo da lista.

Na nota final, Curitiba teve bons resultados em serviços de saúde (115,27) e educação (133,36), sendo a quinta colocada neste critério. "O Paraná oferece bons serviços de educação. A oferta de pós-graduação tem crescido muito nos últimos anos, devido à crescente demanda por especialização do público", afirma o pesquisador.

De acordo com dados do Ministério da Educação e Cultura (MEC), em 2005 existiam4.635 alunos matriculados em 131 cursos de mestrado disponíveis no estado e1.474 em 45 programas de doutorados.

Expansão modesta

Para Bernt Entschev, consultor de carreira e headhunter curitibano, o Paraná tem mudado muito. "Continuamos sendo um grande produtor agrícola, mas agregamos valor ao nosso produto agrícola e convivemos com um grande parque industrial", diz.

Ele cita que os profissionais das áreas de tecnologia e logística encontram mercado fértil no Paraná, que tem uma forte indústria de autopeças e tem a característica de ser um grande exportador. "Abrigamos também empresas de tecnologia como a Positivo [computadores] e convivemos com as indústrias ditas tradicionais como a madeireira e de celulose, que ficam no interior do estado, mas próximas de Curitiba", afirma.

Na capital, o terceiro setor tem atraído a atenção do pequeno empresário como um mercado bastante rentável. Segundo Paulo Tadeu Graciano, consultor de abertura de novos negócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o setor de serviços cresce principalmente em função da terceirização implementada nas grandes empresas.

Graciano comenta que além de crescer, o setor de serviços está cada vez mais refinado em Curitiba. "A cidade tem recebido cada vez mais estrangeiros e pessoas de um bom poder aquisitivo, criando uma nova demanda de serviços, cada vez mais especializada", declara.

O consultor afirma que muitas vezes o capital da empresa prestadora é pequeno, obrigando o empresário a criar um diferencial no seu negócio. "O grande capital acaba sendo o próprio empresário, daí a importância de se qualificar", comenta.

Profissionais qualificados

Hélio Garcia dos Santos é empresário do setor gráfico. Veio de Dourados, Mato Grosso do Sul, para trabalhar como arte-finalista em Curitiba. Após seis anos na cidade, enxergou demanda no mercado e resolveu abrir seu próprio negócio, hoje tem sua própria gráfica e conta com 37 funcionários. "A gama de serviços aqui é maior, temos mais diversidade de mercado do que lá", diz ele quando compara a capital paranaense a Dourados - cidade que aparece no modesto 93.º lugar do ranking – onde diz ver um mercado mais estacionado, com pouca oferta de serviços.

Segundo Garcia, um dos aspectos negativos enfrentado em Curitiba é achar profissional qualificado. "A equipe que temos foi escolhida a dedo ao longo dos anos. Hoje em dia o empresário não quer ensinar o funcionário a trabalhar, leva muito tempo e não é garantido que o investimento retorne", conta ele afirmando que não se tem mais a segurança de que o empregado especializado fique na empresa.

De acordo com o pesquisador Moisés Balassiano, autor da pesquisa, o ensino é valorizado pelo profissional dos dias de hoje como um investimento. "Antigamente a empresa financiava a especialização do seu empregado, hoje isso não acontece mais, devido à fragilidade das relações de trabalho. O empregador não tem garantia de que o empregado ficará na empresa", afirma.

Já para o headhunter Bernt, a experiência deve se aliar à prática na qualificação, o que gera um embasamento maior sobre a área a ser estudada. "Muita gente sai da universidade e já vai para a pós-graduação. Eu aconselho de dois a cinco anos de experiência no ramo, para depois se especializar, isso dá um entendimento maior do que ele está estudando e gera um aproveitamento maior", afirma.

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