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Embora muitos profissionais gostem de detalhar os cursos e as experiências que possuem, a porta de entrada de um currículo está nos objetivos profissionais do candidato. veja como montar um bom currículo. | Bigstock/
Embora muitos profissionais gostem de detalhar os cursos e as experiências que possuem, a porta de entrada de um currículo está nos objetivos profissionais do candidato. veja como montar um bom currículo.| Foto: Bigstock/

O aumento na taxa de desemprego levou muita gente a revisitar seus currículos. Mas essa nem sempre é uma tarefa simples, principalmente para aqueles profissionais que estavam há anos dentro de uma empresa e se viram, de repente, à procura de uma nova oportunidade. E, por mais fácil que parecer ser, montar um bom currículo exige bastante atenção e cuidado para evitar cair em algumas armadilhas.

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Tanto que é muito comum encontrar erros considerados básicos, seja na montagem do histórico profissional ou mesmo com as informações colocadas ali. São deslizes pequenos, mas que podem atrapalhar e até mesmo comprometer a recolocação no mercado. Como aponta o diretor-geral da Operativa RH, Dirceu Aal, um recrutador precisa lidar com centenas de currículos diariamente e qualquer um que ele considere inapto ou desinteressante pode ser descartado.

Desse modo, é preciso saber o que inserir para chamar a atenção de quem está fazendo a seleção. Segundo Aal, a principal dica é colocar os dados de maneira objetiva para que o currículo tenha, no máximo, duas páginas. “A ideia é fazer um breve resumo de quem você é. Tem que dar apenas um gostinho para que o consultor queira saber mais sobre você”.

E até mesmo algumas questões que muita gente via como básico são desnecessárias. “Não é mais preciso colocar o número do seu RG ou CPF. Isso era algo que as pessoas faziam antes, mas já não é mais dessa forma. A empresa só vai consultar esses dados em outras etapas do processo”, aponta o diretor da Operativa. A foto também é um extra que pode ser dispensado e só deve ser colocado no currículo quando solicitado.

O coração de um currículo

Embora muitos profissionais gostem de detalhar os cursos e as experiências que possuem, a porta de entrada de um currículo está nos objetivos profissionais do candidato. Como explica o consultor de recursos humanos Ricardo Karpat, é ali que o recrutador vai analisar se o indivíduo se encaixa ou não no perfil da empresa. “É importante que ele tenha cuidado para não ser abrangente demais ou querer coisas não relacionadas. Quem tem muitos objetivos, não tem nenhum”.

Já Aal recomenda que esses dados sejam preenchidos pensando na vaga que se pretende ocupar, pois facilita a filtragem e ajuda na hora de ser chamado para uma entrevista. “Demonstrar desespero pode confundir quem examina. Por isso, tem que ser claro”, explica. Para ele, se prolongar pode fazer com que o consultor simplesmente perca o seu interesse em seu currículo antes mesmo de olhar o restante do conteúdo.

Outro ponto importante na montagem é dizer quais resultados obtidos em seus empregos anteriores. Contar que você ajudou na otimização de algum processo ou participou de uma iniciativa que reduziu os custos pode servir como um grande diferencial. A recomendação, porém, é não exagerar. “De nada adianta dizer que você ajudou a cortar as despesas da empresa em milhões em um cargo de pouco impacto. Às vezes, a pessoa acaba tentando mostrar demais e isso acaba a desqualificando”, aponta Karpat.

Currículos online têm suas próprias regras

Entregar currículos impressos ainda é uma saída bastante comum, mas não é a única. Desde que as empresas adotaram sistemas online para cadastro de vagas, os currículos também se tornaram digitais — e eles também têm suas particularidades.

De acordo com Ricardo Karpat, a lógica para inserir as informações em uma dessa plataformas online é a mesma de um currículo tradicional, com pequenas variações. “Em sites como Vagas, Catho ou o próprio LinkedIn, o candidato deve ser um pouco mais abrangente, já que essas ferramentas utilizam pesquisas por palavras. Assim, ele pode se estender mais nas explicações”, explica o consultor.

Para ele, essa pequena mudança já é o suficiente para aumentar as possibilidades de o profissional ser visto pelo recrutador. “Enquanto no impresso ele deve dizer que domina o Office, no online ele já pode dizer que conhece cada um dos programas do pacote, por exemplo”.

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