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Apesar de recente, o mercado brasileiro na área já conquistou segurança e o intercâmbio passou a ser um plano de vida, não um luxo. | Bigstock
Apesar de recente, o mercado brasileiro na área já conquistou segurança e o intercâmbio passou a ser um plano de vida, não um luxo.| Foto: Bigstock

Mesmo em tempos de insegurança econômica, os brasileiros não pararam de sair do país para fazer intercâmbio. De acordo com dados da Associação Brasileira das Agências de Intercâmbio (Belta), o mercado cresceu 14% em 2016, enviando mais de 247 mil estudantes para fora do país, e o segundo programa mais procurado é o que une o estudo de um língua e a possibilidade de ter um trabalho temporário – o que reduz a verba investida, já que o estudante terá um salário para custear parte de sua estadia.

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Apesar de recente, o mercado brasileiro na área já conquistou segurança e o intercâmbio passou a ser um plano de vida, não um luxo. “Ele começou a fazer parte do planejamento da família brasileira de uns tempos para cá e isso dá sustentação ao ‘projeto de estudar fora”’, aponta o diretor de operações da Belta, associação que alega representar 75% das agências brasileiras no mercado de educação internacional, Allan Mitelmão. 

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Investimento no futuro

Hoje, o Brasil ocupa a oitava colocação no ranking de países que mais mandam estudantes para o exterior. Uma parte destes quase 250 mil brasileiros que fizeram intercâmbio em 2016 tinha emprego e estabilidade, mas acabou sendo demitido e encontrou no intercâmbio uma chance de incrementar o currículo. “Esta parcela percebe que há uma maior dificuldade de recolocação e que precisa de uma experiência dessa como diferencial”, afirma Mitelmão. 

Isso é demonstrado pelos programas de intercâmbio mais comercializados em 2016. Cursos de idiomas estão em primeiro lugar, seguidos por opções que mesclam cursos de idiomas e trabalho temporário —no levantamento anterior da Belta, esse tipo estava três posições abaixo.

Em terceiro lugar estão os cursos de férias e em quarto, os programas de ensino médio no exterior, voltados a adolescentes.

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A vantagem mais óbvia de investir em um intercâmbio é adquirir fluência em alguma língua estrangeira, mas os benefícios vão além. A experiência internacional demonstra que o profissional é flexível, aceita desafios, sai da zona de conforto, entende diferenças culturais e vive a globalização. “A experiência no exterior traz uma arma muito forte para a recolocação no mercado de trabalho”, diz o diretor de operações da associação, acrescentando que também há aqueles que viajam abertos para mudar definitivamente de país caso surja uma oportunidade de emprego permanente. 

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Mercado em expansão

O coordenador associação no Paraná e Santa Catarina, Alexandre Argenta, acredita que não é possível precisar se o aumento do mercado em 2016 se dá devido à crise brasileira ou apesar dela. Isso porque, ao mesmo tempo que o setor é diretamente influenciado por elementos como a flutuação cambial, também está em expansão e a expectativa é que esse ritmo de crescimento se mantenha em 2017. “Há uma demanda latente de pessoas que não conhecem as possibilidades de ir para fora”, explica.

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