A perda do mercado exportador por causa da febre aftosa não é uma garantia que o preço da carne no mercado interno brasileiro vá cair. A informção é dada por Gustavo Fanaya, economista do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarnes-PR) e está na Gazeta do Povo desta quarta-feira. O economista diz que o preço pode tanto cair quanto aumentar. Conforme ele, o mercado internacional precisa de carne, e os embargos são uma estratégia para negociar preços melhores.
Para Osires Foggiato, gerente do frigorífico Juliatto Foggiato & Cia, os preços podem diminuir um pouco em duas semanas, prazo para a carne chegar aos açougues. A opinião é compartilhada por Ricardo Dipretoro, gerente comercial do frigorífico Argus. "Caso os países compradores mantiverem o bloqueio, pode haver uma superoferta de carne", explica.
Fabiano Tito Rosa, consultor da Scot Consultoria especializada no mercado de pecuária estima que se o governo conseguir retirar o embargo do Paraná e de São Paulo, os preços podem até subir. "Falta carne no mercado internacional: os EUA não produzem por causa da vaca louca e a Austrália está no limite de produção."
No varejo, os preços estão estáveis, por enquanto. "Sexta-feira é o dia de reabastecimento dos açougues e eu acho que o preço vai baixar bastante", diz Guaraci Mercer, dono do Açougue Atlântico.
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