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A União Européia (UE) decidiu manter as restrições à importação de carnes brasileiras apenas para os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, de acordo com informações publicadas na página do Ministério na internet. O ministro informou ter recebido a notícia da embaixada brasileira em Bruxelas, por telefone.

- É uma vitória fantástica da nossa área técnica e agora vamos começar a trabalhar para recuperar outros mercados - comemorou o ministro.

Desde outubro, quando o Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura confirmou a ocorrência de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, a UE, que abrange 25 países, embargou a compra de carne bovina dos três estados. Após a confirmação do foco de febre aftosa no Paraná, um dos países do bloco solicitou o embargo das compras de carne de todos o País.

Rodrigues informou que uma missão técnica do Ministério da Agricultura esteve em Bruxelas para prestar esclarecimentos à comunidade européia sobre a defesa sanitária do País, especialmente quanto ao controle dos focos de febre aftosa. Na semana passada, técnicos do ministério estiveram em Paris também para apresentar à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) as ações de controle e erradicação dos focos.

Ainda segundo o ministro, a reunião dos técnicos do ministério com representantes da comunidade européia, prevista para terminar em duas horas, durou cerca de sete horas.

- Fizemos um jogo transparente, cristalino e a decisão da União Européia abre uma enorme perspectiva para que outros países sigam o exemplo - comentou.

Após a confirmação de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, no início de outubro, 52 países anunciaram embargos às carnes brasileiras, dos quais oito suspenderam as importações de todo o País, entre os quais, África do Sul, Chile, Colômbia e Ucrânia. As restrições vão desde animais susceptíveis, carnes bovina e suína e de aves a equipamentos para manutenção, abate e processamento de animais.

As exportações de carnes bovinas em 2005, lembrou Rodrigues, superaram a marca dos US$ 3 bilhões, com vendas para 172 países.

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