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Guaíra – Mesmo com toda a discussão acerca da proibição do comércio de armas de fogo e munição no país e com a promessa do governo federal de aumentar a fiscalização nas fronteiras secas, a Polícia Federal brasileira ainda tem trabalhado com um efetivo insuficiente para conter o tráfico de armas na divisa com o Paraguai.

O delegado que comanda a Delegacia da PF em Guaíra (na fronteira entre os dois países), Beno Loewenstein, admite que as armas e munições são fáceis de serem escondidas pelos contrabandistas e só uma fiscalização minuciosa é capaz de chegar ao flagrante.

"Trabalhamos com apenas 20% do efetivo necessário para uma fronteira de mais de 40 quilômetros e com várias estradas vicinais", diz.

Segundo Loewenstein, as barreiras para fiscalizar as pessoas que retornam de balsa diariamente pelo Lago de Itaipu são esporádicas no porto Sete Quedas, em Guaíra. A PF mantinha um posto fixo no local, que teve de ser fechado por falta de pessoal. Para o delegado, ampliar o rigor contra a entrada de armas vindas do Paraguai passa pela contratação de mais policiais. "A gente se empenha, faz blitz e tudo o que pode, mas não se consegue segurar tudo", afirmou.

Comércio

Na cidade de Salto del Guairá, no Paraguai, os comerciantes de armas de fogo e munição dizem que seus maiores clientes são os brasileiros que moram no país, os "brasiguaios". Segundo proprietários de lojas de armamentos, a deficiência na fiscalização na fronteira facilita a entrada das armas no Brasil. Leandro Costa Neto, dono da Casa Rossi, diz que para a venda de munição não há exigências de documentos, porém não vende para menores. Dono da loja Queen Anne, Ramon Rojas também diz exigir documentos na hora da venda.

Os comerciantes garantem que o Ministério da Guerra, no Paraguai, tem um controle rigoroso sobre a entrada e saída de armas no comércio. Por isso, são exigidas certidões de antecedentes criminais dos clientes na Secretaria Nacional Antidrogas, e os brasiguaios têm os antecedentes verificados também no Brasil.

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