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O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que a inflação na América Latina deve permanecer volátil, resultado das variações dos preços das commodities. Em seu informe sobre o Panorama Econômico Mundial, o FMI reiterou sua previsão de um crescimento de 4,1% para este ano. Para o ano que vem, no entanto, a expectativa é que haja uma pequena desaceleração nesta expansão, que deve ficar em torno de 3,8%.

"O crescimento econômico da América Latina é gerado principalmente pelas sólidas exportações de matérias-primas", afirmou o FMI em seu relatório, citando como possíveis riscos para este prognóstico um crescimento mais lento dos Estados Unidos, os fortes aumentos das taxas de juros globais e novas altas dos preços do petróleo.

O Brasil, por sua vez, teve sua previsão de crescimento para este ano reduzida para 3,3%, diminuindo em quatro décimos a expectativa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada em abril. Em 2004, a economia brasileira creceu 4,9%.

A correção do cálculo, explica o FMI, se deve ao "primeiro trimestre deste ano, no qual a atividade foi mais fraca que o esperado".

Mas a expectativa do Fundo é que esse percentual suba para 3,5% no ano que vem. O FMI alerta, no entanto, para a instabilidade política no país e alta do preço do barril de petróleo.

"Os indicadores da atividade recente sinalizam um potencial de aumento do crescimento, mas os altos preços do petróleo e as possíveis repercussões da crise política se tornam fatores de risco", diz o relatório.

O FMI calcula ainda que o aumento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) deve ficar em 6,8% este ano e em 4,6% no ano que vem.

"O desempenho fiscal segue favorável, com um superávit primário que supera as metas até julho", acrescenta o informe do FMI, que afirma que será decisivo para a economia brasileira manter a austeridade fiscal para reduzir ainda mais o endividamento público.

Em relação à Argentina, o FMI elevou sua perspectiva de crescimento tanto para 2005 quanto para 2006, mas afirmou que o país precisa endurecer sua política monetária para dispersar uma possível retomada da inflação.

Segundo o FMI, a força das exportações e a onda de investimentos devem gerar uma alta na expansão do Chile, que também deve beneficiar o Peru.

Os países produtores de óleo, Venezuela e Equador, estão aproveitando as condições flutuantes dos altos preços da Energia, o que deixa os dois países mais resistentes às vulnerabilidades econômicas.

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