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O vice-governador e secretário da Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, confirmou a intenção do governo de sacrificar todo o rebanho da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, região Norte do estado. A decisão deve ser ratificada no dia 11 de janeiro numa reunião entre os 35 membros do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa).

Segundo o secretário da Agricultura, uma falha do Ministério da Agricultura teria causado a suposta infecção do rebanho paranaense. "O alerta foi muito tardio. Se o Ministério tivesse avisado sobre o foco no MS, já que tinha essa informação desde 30 de setembro, teríamos evitado que os animais que estiveram na Feira de Londrina saíssem de lá. O sacrifício seria de apenas 200 animais, não de quase 3 mil".

"O governador Roberto Requião afirmou que a Secretaria da Agricultura deve tomar uma medida drástica para o caso. Porém, precisa se certificar que os produtores rurais também concordam com o sacrifício destes animais", afirmou Pessuti em entrevista à Rádio CBN.

A decisão só será tomada em janeiro do ano que vem, para cumprir o prazo legal estipulado pela própria Secretaria de Agricultura. "Eu queria resolver isso o mais rápido possível, mas é preciso respeitar o prazo de 15 dias entre a convocação e a realização da reunião. Infelizmente não fui eu quem redigiu os prazos e regras da Secretaria, mas sim os secretários anteriores", disse Pessuti.

O secretário afirmou que, pela visão do ministério da Agricultura, o rebanho está "tecnicamente" infectado, no entanto todos os exames realizados até o momento deram negativos para a Febre Aftosa.

Se a decisão que será tomada no próximo dia 11 for a de sacrificar o rebanho, o governo acredita que a situação deve se acalmar. "Depois disso, o Paraná deve receber o título de estado livre de Febre Aftosa em cerca de 6 meses. Caso não haja o sacrifício, o prazo salta para no mínimo um ano e meio e isso vai gerar mais prejuízos e sanções ao produtor paranaense", alertou.

Mato Grosso do Sul

A situação do estado vizinho ainda é complicada, segundo Pessuti. "No Paraná temos o problema isolado e controlado. Mas no Mato Grosso do Sul (MS) ainda existem casos de doenças em vários animais. Continuamos com a intensa fiscalização e controle sanitário entre os dois estados".

Vigilância

No Paraná, 879 propriedades estão sob a vigilância da Secretaria da Agricultura. Ao todo, 100 mil animais ainda não foram vacinados contra Febre Aftosa. Novos exames de sorologia serão realizados por amostragem para identificar se o vírus circulou pela região. Os animais serão vacinados em seguida.

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