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Apesar da orientação conservadora do grupo liderado pelo presidente George Bush, cada vez mais empresas de grande porte dos Estados Unidos estão adotando políticas de abertura em relação a funcionários homossexuais. As políticas de inclusão de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais, que antes se concentravam em companhias dos setores financeiro e de tecnologia nas Costas Oeste e Leste dos EUA, estão começando a invadir o interior e indústrias tradicionais, como a de defesa, de petróleo, de produtos químicos e gás natural, concluiu a Human Rights Campaign Foundation, uma ONG especializada nos direitos dos homossexuais, com sede em Washington.

A fundação divulgou a quarta edição de seu índice anual de Igualdade Corporativa, dando notas a 402 empresas americanas com pelo menos 500 funcionários, e 101 empresas obtiveram a nota máxima, quase dobrando a quantidade do ano passado, que foi de 56.

Entre as campeãs estão desde a Dow Chemical Co. e a Chevron Corp. até a rede de farmácias Walgreen Co., a maior do país.

O resultado da pesquisa mostra que o trabalho dos grupos de defesa dos direitos das minorias está dando certo, diante de políticas claramente contrárias aos interesses dos gays adotadas pelo governo Bush e pela administração republicana, com apoio de grupos religiosos.

A Raytheon Co., poe exemplo, tornou-se a primeira empresa na área de defesa a obter a nota máxima. A empresa, com sede em Massachusetts, foi a primeira grande fornecedora de material militar a mudar suas políticas de emprego para incluir funcionários transexuais ou travestis.

Segundo o chefe do setor de diversidade da Raytheon, Hayward Bell, embora a indústria da defesa seja considerada mais conservadora e menos tolerante que outras indústrias, a Raytheon quer ser progressista.

- Temos excelentes funcionários que por acaso são transexuais. Talvez, sem essa política, não os tivéssemos. O recado da empresa a seus funcionários foi: não importa quem vocês são, e sim o que são capazes de fazer - disse ele.

As empresas recebem notas de acordo com sete critérios. Entre eles está o fato de a companhia ter ou não as palavras "orientação sexual" nos estatutos de sua política primária de não-discriminação; oferecer ou não benefícios aos parceiros do mesmo sexo dos funcionários; e possuir grupos de apoio para funcionários gays, entre outros.

A fundação afirmou, no entanto, que ainda há importantes empresas que resistem a dar tratamento igualitário a gays, lésbicas, bissexuais e transexuais.

- A ExxonMobil destaca-se negativamente por ser a única empresa americana que não dá benefícios para os parceiros homossexuais de seus funcionários e por não ter uma política de não-discriminação - afirmou a entidade em seu relatório.

Embora a Mobil tenha oferecido benefícios aos parceiros dos funcionários, a Exxon não o fez - e, quando a Exxon comprou a Mobil, em 1999, colocou todos os funcionários da Mobil sob seu regime.

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