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A taxa média de juros cobrada das pessoas física caiu 1,3 ponto percentual em novembro e atingindo 60,4% ano ano. É o menor valor desde a série histórica iniciada em junho de 1994, mostra pesquisa do Banco Central divulgada nesta terça-feira. Na média geral, que inclui também os juros pagos pelas empresas, a queda foi de 1.1 ponto percentual em novembro, atingindo 47,1% ao ano.

No cálculo que inclui apenas as empresas, a taxa média de juros ficou em 32,4% ao ano em novembro, o menor patamar desde fevereiro. Na contramão, ficou o juro do cheque especial subiu 0,6 ponto percentual, passando de 148,6% para 149,2% ao ano. É a taxa mais elevada desde março de 2003, quando atingiu 152,2% ano.

Para o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, esse é um aumento fora da curva e reflete a concentração desse tipo de crédito em determinada instituição bancária que tem taxas mais elevadas e que acaba puxando essa média para cima. Tanto é que, até o dia 9 deste mês, houve uma queda expressiva de 2.2 pontos percentuais nesta modalidade, caindo para 147% ano.

Lopes afirmou que a taxa de juros média geral continuou caindo nos primeiros dias de dezembro e que as perspectivas para o crescimento do crédito são positivas. "Em um cenário de inflação, convergindo para a meta, de taxas mais acomodadas, abre-se espaço para maior tomada de recursos. O crédito, como um todo vai crescer em 2006", acredita.

Lopes afirmou que os indicadores de novembro mostram um crescimento substancial no volume de crédito, tanto para pessoas jurídicas, como para pessoas físicas, sinalizando, na opinião dele, um início da retomada de crescimento da atividade econômica.

Em novembro, o volume de crédito na economia alcançou R$ 589,8 bilhões, atingindo 30,5% do PIB. Os financiamentos concedidos pelos bancos privados chegaram a R$ 242,5 bilhões, com acréscimo de 2,9% no mês e de 22,6% em 12 meses, com destaque para o segmento de pessoas físicas, outros serviços e comércio.

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