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Com a queda da taxa básica de juros (Selic) para o menor nível da história, a poupança já rende mais que os CDBs (títulos emitidos pelos bancos) e a maioria dos fundos DI voltados ao pequeno investidor. Apesar disso, o brasileiro ainda se mostra pouco disposto a migrar para a caderneta, que tem uma remuneração mínima definida em lei de 6% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR).

A captação líquida da mais tradicional aplicação financeira do País estava positiva em apenas R$ 775 milhões no ano até a segunda-feira passada (dia 29). No mesmo período, os fundos de renda fixa acumulavam superávit de R$ 5,5 bilhões. Se for levado em conta apenas o mês de junho, o balanço da poupança até o dia 29 mostrava depósitos superiores aos saques de R$ 419,7 milhões. Em maio, o saldo foi bem maior: R$ 1,9 bilhão. O movimento em 2009 também é modesto se comparado ao dos dois últimos anos, quando a taxa Selic era mais alta e, consequentemente, a maioria dos fundos - e os CDBs - batia a caderneta. Entre janeiro e junho de 2007 e de 2008, a captação líquida da poupança foi de R$ 8,7 bilhões e R$ 4 bilhões, respectivamente.

Essa realidade contraria a expectativa de muitos analistas e ajuda a explicar por que o governo pôs em ponto morto o projeto que muda as regras de tributação da caderneta, anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no dia 13 de maio. "Não temos percebido migração para a poupança", afirmou o diretor executivo do Itaú Unibanco, Osvaldo Nascimento. Segundo especialistas, uma série de razões explica a cautela dos investidores. "A complexa regra do governo para (mudar) a poupança deixou as pessoas com o pé atrás", disse o professor da Trevisan Escola de Negócios Alcides Leite.

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