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Ainda que o resultado do PIB divulgado ontem não detalhe a participação individual de cada um dos estados no desempenho da economia brasileira, alguns especialistas acreditam que o Paraná possa ter fechado o ano com resultado "levemente positivo", superando, portanto, a média do PIB nacional. A se confirmar, este seria o terceiro ano consecutivo em que a economia paranaense apresenta um resultado superior à média nacional.

Uma projeção feita com base do Indicador Regional de Atividade Econômica, elaborado pelo Itaú Unibanco, aponta para um crescimento de 1,9% na economia paranaense no ano de 2009. Embora não possa ser comparado diretamente com os nú­­meros do PIB, o resultado coloca o Paraná na terceira posição dentre as 11 regiões avaliadas, atrás apenas dos estados de Goiás, que teve crescimento de 2,4%, e do Nordeste, com 2,1%.

A base deste crescimento paranaense está no resultado das vendas do varejo, que cresceram 5,3% em 2009 no estado, segundo o IBGE; no crescimento de 2,8% da geração de empregos formais medido pelo Caged; e na queda de "apenas" 2,2% na produção industrial, enquanto outras 9 regiões tiveram resultados piores.

"O desempenho real do PIB [paranaense] certamente vai apresentar números menos expressivos, mas o Indicador Regional dá sinais interessantes, como a consolidação de um quadro de retomada econômica no segundo semestre", avalia o economista do Itaú Unibanco, Aurélio Bicalho.

O consultor de negócios da GO4!, Cristian Majczak, também acredita em um resultado entre estável e levemente positivo para o Paraná. "É um sinal claro de que o ano não foi bom, mas ainda assim foi um pouco melhor para o estado do que para o resto do país." Segundo ele, o desempenho do comércio e a aparente retomada da produção industrial local – que apesar da queda de 0,7% teve o segundo desempenho nacional – devem contribuir para fazer com que o sinal do PIB paranaense seja o inverso do nacional.

Essa perspectiva, no entanto, con­­­traria a análise do economista e coordenador do curso de Ciên­­­cias Econômicas da FAE Cen­­­tro Universitário, Gilmar Men­­­des Lourenço (leia mais no ar­­­tigo abaixo). Para ele, a crise con­­­taminou os principais setores pro­­­dutivos da economia do estado, que também sofreu com a re­­­dução de 23% na safra de grãos. Com isso, Lourenço estima um PIB paranaense com queda ainda mais acentuada que a do resto do país.

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