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Curitiba – O Paraná vai abrir mão de R$ 1,5 milhão que deveriam ser liberados pelo Ministério da Agricultura para que o estado faça trabalhos de contenção contra a febre aftosa, que atingiu rebanhos de Mato Grosso do Sul. Em reunião com o secretariado ontem de manhã, Requião disse que dispensa os recursos e desdenhou o valor liberado pela União, que qualificou como "ridículo". "Estamos abrindo mão dessa fabulosa quantia que o governo federal pretende nos dar", ironizou. "Não precisamos dessa ninharia, mas pode fazer falta para a fiscalização em Mato Grosso do Sul."

Requião pediu que o secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, envie ofício ao ministério dispensando os recursos. "Devem ser destinados ao estado de Mato Grosso do Sul para melhorar a verba ridícula que eles também estão recebendo", afirmou. "Somando duas verbas podemos ter alguma coisa significativa." O governador também colocou à disposição de Mato Grosso do Sul equipamentos paranaenses para fazer a fiscalização sanitária animal.

Requião determinou ainda à Secretaria Estadual da Agricultura que radicalize ainda mais as medidas de proteção sanitária na divisa do Paraná com Mato Grosso do Sul. O governador quer que seja proibida a entrada de toda mercadoria vinda do estado vizinho que possa de alguma forma trazer o vírus da febre aftosa. Ele, porém, não especificou que tipo de produtos poderiam ter sua entrada proibida no Paraná. Mas chegou a falar em "fechar, ao menos nesse momento, de uma forma completa" a divisa com Mato Grosso do Sul.

O governo federal informou ontem que mais 4.656 animais serão sacrificados, após a confirmação de outros três focos da doença. O secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, explicou que os animais precisam ser sacrificados porque é o único mecanismo de defesa sanitária em que não se deixa nenhum tipo de vestígio da doença. Os três novos focos confirmados na segunda-feira apareceram dentro da área que já havia sido isolada, que corresponde ao raio de 25 quilômetros do primeiro ponto onde foi encontrada a doença, em Eldorado (MS).

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