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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, avaliou nesta sexta-feira que a descoberta das reservas de petróleo na camada pré-sal, localizada abaixo do leito marinho, deverá "fortalecer mais ainda" a estratégia do governo brasileiro de elevar o status do país no plano internacional. Mas sustentou que essa nova condição do Brasil, de detentor de megareservas, não deverá interferir na estratégia do governo Luiz Inácio Lula da Silva de assegurar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Se comparar a situação de hoje com a de quatro ou seis anos atrás, o Brasil tem um novo status. Com o pré-sal, vai fortalecer mais ainda", afirmou o chanceler, em entrevista no Itamaraty. "Nós não lutamos na Organização Mundial do Comércio (OMC), não batalhamos por uma posição melhor do etanol no mundo nem lutamos contra os subsídios americanos ao algodão para ter um lugar no Conselho de Segurança. Se tudo isso contribui ou não é outra questão", disse.

A esperança do governo brasileiro é que, até o final do atual período de trabalho da Assembléia Geral da ONU, que termina em 22 de setembro próximo, seja tomada a decisão de começar a negociação sobre a reforma e ampliação do Conselho de Segurança. Desde sua posse, em 2003, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aposta na ascensão do Brasil ao grupo que decide as questões políticas mais relevantes do mundo e considera essa ambição como um dos eixos de sua política exterior.

No entanto, Amorim afirmou que a obtenção de um assento permanente no Conselho de Segurança não é uma "obsessão" do governo brasileiro. Conforme defendeu, mais de 100 países consideram necessárias a mudança e ampliação dos membros do conselho e, desse grupo, uma "uma grande proporção não tem dificuldades" em apontar o Brasil como um futuro membro.

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