Dois índices de inflação divulgados nesta quinta-feira mostram forte influência da alta dos preços dos transportes.
O Índice Geral de Preços entre 11 de dezembro e 10 de janeiro (IGP-10), medido pela Fundação Getúlio Vargas, teve variação de 0,39%, contra 0,47% na medição anterior. O resultado ficou acima da expectativa de analistas, que esperavam uma alta de 0,27%, e foi puxado pelos preços do varejo.
O que puxou a alta do indicador geral foram os preços no varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no IGP-10, passou de uma alta de 0,33%, em dezembro de 2006, para 0,75% em janeiro. Os grupos Habitação e Transportes responderam a 80% da aceleração do IPC, com taxas subindo de -0,24% para 0,27% e 1,09% para 2,43%, respectivamente, na comparação mensal.
Já o IPC da Fipe subiu 1% na segunda quadrissemana do mês, com leve desaceleração ante avanço de 1,07% na primeira leitura.
A maior alta registrada no período foi no grupo Transportes, em que os preços avançaram 2,80%.
Custos com Despesas pessoais, por sua vez, avançaram 1,39%, ante ganho de 1,54% na primeira leitura do mês.Preços do atacado desaceleram
A boa notícia no IGP-10 é que o Índice de Preços ao Atacado, que tem peso de 60% na composição geral do indicador, teve sua variação reduzida de 0,56% em dezembro para 0,25% em janeiro, o que significa que a queda ainda poderá chegar ao atacado.
O principal impacto foi sentido nos preços das matérias-primas brutas, cuja taxa foi reduzida de 2,15% em dezembro para 0,14% em janeiro. Os principais destaques neste subgrupo foram os preços das matérias-primas brutas agropecuárias, que recuaram 0,08%, contra alta de 2,32% na medição anterior.
Já o Índice da Construção Civil, com peso de 10% no IGP, teve alta de 0,39% em janeiro, contra 0,25% em dezembro. O destaque foram os reajustes salariais, em função da data-base em Recife e Belo Horizonte, que acabaram por impactar no grupo Mão-de-Obra.
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