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São Paulo - Os riscos da computação em nuvem se tornarão mais frequentes à medida em que empresas inteiras comecem a usar a computação em nuvem em seus próprios sistemas. De acordo com levantamento realizado pela F5 Networks em junho com 250 em­­presas americanas com mais de 2.500 funcionários, 80% estão em algum estágio de instalação de sistemas online.

Na prática existem muitas vantagens em manter suas informações online. Seja usando o e-mail ou serviços avançados como o Soonr (www.soonr.com) – que mantém pastas de arquivo do computador sincronizados com uma pasta virtual –, você se desfaz da necessidade de ter o seu próprio computador para ver seus arquivos. Todos podem ser acessados de qualquer má­­quina, pela internet.

Pesquisadores da Universida­de da Califórnia, em Berkeley, nos EUA, em um dos mais completos estudos sobre computação em nuvem, levantaram os 10 principais obstáculos da nova promessa da internet. A estabilidade e a confiança do serviço são cruciais. "Se as pessoas entrarem no Google para fazer uma busca e ele não estiver no ar, pensarão que a internet caiu. Essa é a mesma expectativa que elas têm so­­bre a disponibilidade de outros serviços online", diz o texto.

Mas há outros problemas, co­­mo a falta de um padrão entre os serviços online. Por exemplo, não seria bom fazer um backup dos seus e-mails de uma conta an­­tiga do Hotmail e carregá-los no Gmail? Mas tal facilidade não exis­­te porque os sistemas de cada um deles são muito diferentes.

O escritor Nicholas Carr acredita que, apesar dos desafios, a computação em nuvem é promissora. "No final, a computação em nuvem será mais segura e mais confiável do que outros modelos de computação do passado, sempre vulneráveis e com tendência a cair", disse Carr. O problema da fase atual é justamente o de ser um estágio inicial, em que as ainda há sistemas sendo desenvolvidos e aperfeiçoados. Vários serviços que se tornaram bastante populares ainda estão em fase beta – o seja, de tes­­tes –, o que significa que eles podem ser cancelados. Nesse ca­­so, o que acontecerua com o conteúdo armazenado? Esse é o caso, por exemplo do Orkut, on­­de mui­­ta gente armazena seus ál­­buns de fotos.

Por enquanto, as duas formas de armazenamento (online ou no computador) continuam com tendendo a dar problema. O estudante Filipe Siqueira, 23 anos, um dos autores do blog Nerd Somos Nozes, já teve um vídeo no YouTube deletado e os arquivos do serviço SkyDrive, da Microsoft, apagados. A experiência até rendeu um texto no blog sobre os riscos da nuvem. "O que acho bastante perigoso é o fato de não haver controle so­­bre o que as empresas fazem. Afi­­nal são serviços gratuitos, o que tira a segurança deles, e a possibilidade dos usuários reclamarem", disse.

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