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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sinalizou que o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá manter mais uma vez inalterada a taxa básica de juros da economia. Em audiência pública na Comissão de Orçamento do Congresso, Meirelles disse que o Brasil não enfrenta a mesma situação de recessão e deflação dos Estados Unidos e da Europa para reduzir agora os juros.

"Uma queda nesses países é perfeitamente natural. No Brasil é um caso diferente. Certamente o BC vai se reunir e vai levar em conta todos os fatores da economia para tomar a melhor decisão para a sustentabilidade do crescimento da economia brasileira", disse o presidente do BC.

O presidente do BC chegou a comentar que existem países que inclusive estão subindo a taxa de juros, como a Rússia e a Hungria, que enfrentam depreciações cambiais como no Brasil. Mas, para não dar a impressão de que estava defendendo a elevação da taxa básica (Selic), disse que talvez o país se enquadre num caso intermediário, entre Estados Unidos e Rússia.

Câmbio

Meirelles mostrou aos parlamentares que o BC já fez atuações no mercado de câmbio no valor de US$ 48,5 bilhões entre os dias 19 de setembro e 21 de novembro para segurar a disparada do dólar. Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, o órgão já vendeu US$ 6,3 bilhões em dólares das reservas internacionais, que hoje somam cerca de US$ 200 bilhões.

Crédito

Na área de crédito, Henrique Meirelles informou que as reduções de compulsório realizadas pela instituição até 21 de novembro somaram R$ 91 bilhões. Somente a atuação de prover liquidez para os bancos pequenos e médios colocou à disposição deste grupo R$ 29,5 bilhões.

Na avaliação de Meirelles, com as medidas adotadas até agora o aperto de liquidez "já foi em larga medida superado", embora possa haver alguma instituição que esteja em situação desconfortável para conceder crédito. "Não atingimos ainda o patamar anterior ao início da crise, mas estamos claramente em trajetória de recuperação gradual", disse o presidente do BC, mencionando ainda o crescimento de 5,7% nas concessões de novos empréstimos nos oito primeiros dias úteis de novembro.

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