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O presidente da Itália se esforça para nomear um governo de emergência neste domingo (13) para enfrentar uma crise que pode afetar a zona do euro e substituir Silvio Berlusconi, que renunciou ao cargo de primeiro-ministro e foi ridicularizado por milhares de manifestantes. Apenas algumas horas depois de o centro de Roma ecoar com festas nas ruas celebrando a saída de Berlusconi, o presidente Giorgio Napolitano iniciou uma série de reuniões com partidos políticos em seu palácio. As consultas, mais rápidas do que o habitual, estão previstas para terminar às 15h (horário de Brasília), quando Napolitano deve pedir ao ex-comissário europeu Mario Monti para formar um governo composto de tecnocratas em tempo para a abertura dos mercados na segunda-feira. Monti vai continuar as reformas acordadas por Berlusconi com os líderes da zona do euro para reduzir a dívida soberana italiana e reviver uma economia cronicamente estagnada. A turbulência política da Itália, concentrada na figura extravagante de Berlusconi, levou a terceira maior economia da zona do euro à beira do desastre e todas as atenções estarão voltadas à reação do mercado na segunda-feira. Monti recebeu o apoio dos principais grupos da oposição e a aceitação condicional do PDL de Berlusconi, de centro-direita, depois que as objeções das várias facções foram retiradas. Mas analistas acreditam que ele vai enfrentar uma forte oposição pública e política a algumas das duras medidas de austeridade que terá que implementar para satisfazer o mercado e os líderes da zona do euro. As próximas eleições não devem acontecer até 2013, mas há previsões de que Monti não vai durar até lá e sim abrir caminho para pesquisas eleitorais assim que cumprir as reformas prometidas à Europa.

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