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São Paulo - A classe C já descobriu os planos de previdência privados, mas ainda de forma tímida. Pesquisa inédita da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) mostra que só 4% das famílias desse nível de renda possuem um produto de previdência complementar – mesmo porcentual da média nacional. Nas classes A e B, o porcentual sobe para 10%; na D e E, cai para 1%. Proporcio­nal­mente, a Região Sul é a líder em vendas.

"A penetração na classe C é pouca, perto do que é possível, mas já surpreende. O mercado tem muito potencial, considerando que a população está vivendo mais e a economia está crescendo", disse o diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira. Hoje, ele apresenta o estudo em evento da Fenaprevi. Para a entidade, há espaço para expandir a venda de planos tanto na alta renda quanto nas classes emergentes.

O estudo foi feito com 8,2 mil casas dos mais diferentes níveis de renda pela Kantar Worldpa­nel, empresa global de pesquisa de consumo em domicílios. Para entrar na classe C, a família tem de ter entre 4 e 10 salários mínimos. Além da presença dos produtos de previdência por renda, também foi feita uma análise por região do país. A região Sul é a que tem a maior presença de planos de previdência. Segundo dados da pesquisa, 8% dos lares da região contam com um plano de previdência complementar. Na avaliação de Oliveira, a razão vem do maior nível de renda da população da região e do grande número de descendentes de europeus, mais acostumados a planejar o futuro e a investir em previdência.

As projeções da Fenaprevi apontam que o mercado vai continuar em forte crescimento nos próximos anos, por conta justamente da classe C. O segmento ultrapassou em julho a marca de R$ 201 bilhões em reservas. A projeção é que chegue a R$ 800 bilhões em 10 anos. Além de a população estar vivendo mais, o próprio crescimento econômico incentiva a venda desses planos, avalia Oliveira. "A pessoa passa a se preocupar mais com o futuro", afirma.

O estudo da Fenaprevi avaliou também a presença de seguros de vida nas famílias brasileiras. O produto está presente em 18% dos lares da classe A e B. Na classe C, o porcentual cai para 6%; na D e E, para 2%. Na avaliação de Oliveira, a maior presença do seguro de vida quando comparado a um plano de previdência nas famílias se deve, em muitos casos, ao fato de empresas oferecerem essa apólice no pacote de benefícios a seus funcionários, como pede a legislação.

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