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A produção industrial brasileira em novembro não prosseguiu com a sequência de resultados negativos dos meses anteriores, mas a alta de 0,3% ante outubro é modesta demais para sinalizar uma retomada firme. "A indústria permanece com seu desempenho pouco animador, puxando para baixo o PIB, especialmente do terceiro trimestre", afirma a Rosenberg & Associados, em relatório sobre o tema enviado ontem a clientes. "A defasagem entre a oferta e a demanda continua aumentando, mesmo com a demanda desacelerando", dizem os economistas da consultoria.O resultado da produção, divulgado ontem pelo IBGE, foi pior que as previsões da Rosenberg, que trabalhava com avanço de 0,9%.

"Temos de relativizar esse crescimento [de 0,3%], que foi influenciado pela própria base de comparação mais fraca após três meses de queda", disse André Macedo, economista do IBGE. Para Macedo, porém, a ligeira retomada da indústria em novembro está ligada também à menor importação por parte de alguns setores – em especial aqueles que sofrem concorrência de matérias-primas e insumos importados – e à redução dos estoques.

De um modo geral, as importações perderam força em novembro diante do esfriamento da demanda doméstica e da desvalorização do real – o que torna os produtos importados menos competitivos frente aos nacionais.

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