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A produção industrial brasileira caiu 1,4% em setembro ante agosto, após dois meses consecutivos de crescimento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Na comparação com setembro do ano passado, a atividade das indústrias no país avançou 1,3%. De janeiro a setembro, a atividade industrial no país acumula avanço de 2,7%. Nos últimos 12 meses, o avanço acumulado foi de 2,3%.

A queda de setembro foi bem maior do que a estimada por analistas consultados pela Reuters, que esperavam uma retração de 0,54%.

"A redução de 1,4% de agosto para setembro fez o nível de produção industrial retornar ao patamar de junho'', afirmou o IBGE em comunicado.

Para Silvio Sales, coordenador de Indústria do IBGE, a principal pressão da queda em setembro veio da greve nas montadoras durante o mês de agosto. O setor tem representatividade entre 5% e 7% no índice e está ligada a diversos segmentos como siderúrgicas e autopeças.

- Além da greve, há um conjunto de fatores como a perda de ritmo das exportações e a chegada de importados na área de eletroeletrônicos (linha marrom) devido a desvalorização cambial. A linha de bens duráveis nos últimos três anos já acumula alta de 44%. Então, em algum momento, espera-se ritmo menor de crescimento - explica Sales.

Na análise trimestral, há um quadro claro de estabilidade da produção. Para Sales, a indústria vinha com crescimento suave até julho. No período, destaca, a boa notícia é a manutenção do acréscimo da produção de máquinas e equipamentos (bens de capital).

- A indústria está num sobe e desce. O movimento na produção de bens de capital, acima da média, indica que o investimento vai continuar crescendo.

Por outro lado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou na segunda-feira que as vendas reais da indústria avançaram 1,9% no terceiro trimestre do ano.

Das 23 atividades pesquisadas pelo IBGE, 12 recuaram. Entre as indústrias que reduziram a produção, o movimento mais forte foi registrado no setor automotivo, com queda de 9,3%.

As contribuições positivas vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações, com alta de 10,8%. Na comparação com agosto, 12 das 23 atividades pesquisadas tiveram queda em setembro.

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