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A maior preocupação do produtor de adubo hoje é com a demanda do segundo semestre, que concentra normalmente 70% das entregas anuais. Como este ano o produtor está descapitalizado devido à prolongada seca e às perdas com a valorização do real, deve deixar para comprar insumos só a partir de setembro. No Paraná, ainda devem ser encomendadas 1,6 milhão de toneladas. "Em geral ficamos ociosos num semestre, enquanto no outro, mesmo com três turnos de trabalho, não conseguimos atender a todos os pedidos", diz o gerente de comunicação da Solo Vivo, José Roberto da Fonte.

Este ano, a expectativa do setor é que haja congestionamento nos portos durante o pico de encomendas. Isso porque, num saco de adubo, cerca de 67% do produto (como potássio, nitrogênio e fósforo) é importado. Com clientes fazendo encomendas todos ao mesmo tempo, a entrega deve ser comprometida. "Acredito que o produtor levará um mês para receber o produto após a encomenda, enquanto o normal são sete dias", diz o presidente do Sindiadubos, José de Godói.

A situação dos fabricantes de fertilizantes já não foi boa em 2005, quando as vendas caíram 12%. Conforme a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), a redução nas entregas de 2006 deve ser de 5%. "Os agricultores ainda estão resolvendo o problema das dívidas de 2005", diz o diretor, Eduardo Daher. Com isso, o mercado de fertilizantes deve usar menos material importado, e as empresas misturadoras podem aumentar a produção. (HC)

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