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Se para novos investidores a recente baixa da Bovespa representa uma boa oportunidade, o mesmo não se pode dizer de empresas que estavam prestes a estrear na Bolsa. Companhias paranaenses de médio porte, como a operadora de telefonia GVT e a fabricante de motos e bicicletas Brasil & Movimento – proprietária da marca Sundown –, decidiram adiar suas ofertas de ações.

As empresas não se pronunciam, sob o argumento de que estão no chamado "período de silêncio" imposto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas está claro que ambas reconhecem que as condições do mercado pioraram bastante desde o mês passado. Lançar os papéis agora significaria captar um volume de dinheiro pelo menos 20% inferior ao planejado.

A desvalorização também atrapalhou os planos do Banco do Brasil (BB). Os papéis da instituição chegaram ao pico de R$ 66,79 em 16 de maio. Se tivesse vendido nessa época os 45,4 milhões de ações que pretende lançar, o banco teria captado R$ 3,032 bilhões. Pela cotação de ontem (R$ 51,21 por ação), o valor da operação seria 23% menor (R$ 2,325 bilhões). O leilão para a formação do preço dos papéis da nova oferta está marcado para o dia 26, e levará em conta o preço das ações do banco que já são negociadas na Bolsa.

Para o diretor financeiro do Banco Credibel, Marcelo Elaiuy, o investidor interessado em aplicar no BB não precisa esperar a nova oferta. "Os papéis do banco chegaram a um nível bastante interessante para a compra." Segundo ele, embora o BB realmente deva captar menos do que esperava, o maior objetivo do banco era colocar na Bovespa um porcentual maior de seu capital. "Quanto maior a parte da empresa que estiver no mercado, maior será a facilidade de comprar ou vender. E isso acaba melhorando o preço das ações no futuro", esclarece o economista.

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