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Adolfo Sachsida, novo ministro de Minas e Energia.
Adolfo Sachsida, novo ministro de Minas e Energia.| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar o Ministério de Minas e Energia, Adolfo Sachsida é economista e advogado. Defensor ferrenho do liberalismo econômico e entusiasta das ideias do Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa das discussões econômicas da equipe de Bolsonaro desde a campanha eleitoral de 2018. Fez parte da transição de governo no fim daquele ano e foi, desde o início de 2019, um dos principais auxiliares de Guedes.

Comandou a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia desde o início do governo de Jair Bolsonaro, em 2019, e em fevereiro deste ano passou a chefiar a recém-criada Assessoria Especial de Estudos Econômicos, que reúne a SPE, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dias depois de assumir a assessoria especial, em meio às discussões sobre a alta dos combustíveis, se mostrou contrário ao uso de recursos públicos para subsidiar preços e apoiou soluções que preservassem o "processo de consolidação fiscal". Considerou que o projeto que alterava a legislação do ICMS – que mais tarde foi aprovado pelo Congresso e sancionado por Bolsonaro – era uma "excelente solução".

Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 1994 e em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) em 2015, Adolfo Sachsida é mestre e doutor em Economia pela Universidade de Brasília (UnB). Segundo o currículo publicado pelo Ministério da Economia, Sachsida realizou pós-doutorado na University of Alabama e lecionou em universidades brasileiras e na Universidade do Texas.

É servidor público, técnico de planejamento Ipea, onde ingressou em 1997. Publicou os livros Fatores determinantes da riqueza de uma nação" (2008), A crise de 2007-09: uma explicação liberal (2009) e Considerações econômicas, sociais e morais sobre a tributação (2015).

Em sua primeira manhã no novo cargo, fez agradecimentos a Bolsonaro, Guedes e ao antecessor no MME, Bento Albuquerque. "Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pela confiança, ao ministro Guedes pela apoio e ao ministro Bento pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero estar a altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil", publicou Sachsida em seu perfil no Twitter.

Sachsida vinha destacando resultados das contas públicas e projeções para o PIB

Em conversas com jornalistas, Sachsida vinha enfatizando os resultados das contas públicas, que nos últimos anos superaram as previsões do mercado financeiro e algumas das perspectivas mais otimistas traçadas pela equipe econômica do governo de Michel Temer.

Sachsida também vinha comparando as projeções do governo e do mercado com os resultados efetivos do Produto Interno Bruto (PIB), para defender que o crescimento econômico em 2022 deve ser mais próximo das estimativas do Ministério da Economia (alta de 1,5%) que das expectativas de bancos, consultorias e corretoras (aumento de 0,7%, segundo o último relatório Focus, do Banco Central).

Em novembro de 2020, o então chefe da SPE deu uma declaração que teve grande repercussão. Ao apresentar projeções para o PIB, disse considerar "baixíssima" a probabilidade de uma segunda onda de Covid-19 no Brasil. Segundo ele, estudos da SPE indicavam que vários estados teriam atingido ou estavam perto de atingir a chamada "imunidade de rebanho".

Dois meses depois, pediu desculpas pelas declarações. "Não deveria ter me pronunciado sobre segunda onda. Não é a área da SPE, não faz sentido eu me pronunciar sobre isso, aproveito e peço desculpas", afirmou.

Brasil virou "porto seguro do investimento internacional", disse Sachsida à Gazeta do Povo

Em entrevista à Gazeta do Povo no fim de abril, afirmou que as reformas microeconômicas idealizadas pelo governo e aprovadas pelo Congresso fizeram do Brasil "o grande porto seguro do investimento internacional".

"Aprovamos uma robusta agenda de reformas microeconômicas que aumentaram a segurança jurídica, criaram novos e melhores marcos legais, uma robusta agenda de concessões, que está atraindo capital do mundo inteiro para o Brasil", disse Sachsida.

Na conversa, ele também enumerou as cinco prioridades da agenda econômica do governo Bolsonaro neste ano: a privatização da Eletrobras e um pacote de quatro propostas legislativas chamado de "Mais Garantia Brasil", que, segundo ele, "têm potencial de mudar estruturalmente o mercado de capitais, de crédito, de seguros e de garantias no Brasil".

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