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Desfile da Gucci na Semana de Moda de Milão | REUTERS/Alessandro Garofalo
Desfile da Gucci na Semana de Moda de Milão| Foto: REUTERS/Alessandro Garofalo

8 mil postos de trabalho foram criados no Paraná em agosto, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. No mesmo mês do ano passado, o estado havia registrado um saldo de 14 mil novas vagas. A queda foi de 43,2% – melhor do que a média naciona, de 56,2%.

Nos próximos três anos a indústria do Paraná vai precisar de 477,5 mil profissionais capacitados para preencher as vagas que serão criadas em áreas de média qualificação e de nível técnico no estado, segundo dados do Mapa do Trabalho Industrial 2012, feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em todo o Brasil, serão 7,2 milhões de vagas para profissionais técnicos, sendo que, desse total, 1,1 milhão de trabalhadores ingressarão em novas oportunidades no mercado de trabalho. O Mapa do Trabalho Industrial do Senai aponta 177 ocupações promissoras para os próximos três anos, com vagas distribuídas desde o setor de alimentos e panificação até a indústria química e petroquímica.

A região Sudeste lidera a oferta, com 4,13 milhões de vagas, seguida do Sul (1,50 milhão), Nordeste (854,50 mil) e Centro-Oeste (383,50 mil). A região Norte apresenta a menor projeção de novos postos de trabalho até 2015, com 294,80 mil vagas.

Ocupações promissoras

No Paraná, a pesquisa com as ocupações que necessitam de cursos profissionalizantes com mais de 200 horas mostrou que haverá demanda de trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais); operadores de máquinas para costura de peças do vestuário; mecânicos de manutenção de veículos automotores; preparadores e operadores de máquinas; além de padeiros e confeiteiros.

Na lista de ocupações de nível técnico que terão mais oportunidades no estado até 2015 estão as áreas de controle da produção; eletrônica; eletricidade e eletrotécnica; operação e monitoração de computadores; e mecânica voltada para a fabricação e montagem de máquinas, sistemas e instrumentos.

Formação

De acordo com diretor regional do Senai no Paraná, Marco Secco, o estado tem plena capacidade de suprir a demanda por profissionais técnicos apontada pelo Mapa do Trabalho Industrial. A instituição promete fechar 2012 com cerca de 300 mil matrículas efetuadas. Para o próximo ano a meta é oferecer 360 mil vagas nos cursos técnicos disponibilizados. "Não haverá dificuldade porque o Senai Paraná está em processo de expansão. Nos próximos dois anos serão construídas 15 novas unidades no estado".

Secco explica que o Mapa de Trabalho da Indústria 2012 embasa o planejamento anual da instituição, ou seja, todos os setores com demanda de vagas para os próximos anos já estão contemplados nos projetos de expansão do Senai.

Geração de vagas formais cai em agosto

Pedro Brodbeck com Agência Estado

O saldo de demissões e admissões no mercado de trabalho paranaense foi 43,2% menor em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2011. No último mês, foram criados 8 mil novos postos de trabalho no Paraná, enquanto agosto do ano pas­sado registrou um saldo de 14 mil novas vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e De­sempregados (Caged) e foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O resultado é melhor do que a média nacional, que apresentou queda de 56,2% na geração de vagas. Em todo o país, foram criadas 101 mil vagas com carteira assinada no mês passado e em agosto do ano anterior o número tinha chego a 230 mil.

Desempenho melhor

No acumulado do ano, o desempenho paranaense é bastante superior do que os números absolutos do emprego em todo o país. Nos oito primeiros meses do ano, foram criadas pouco menos de 107 mil vagas, enquanto no ano passado o saldo era de 123 mil novos empregos. A diferença representa uma desaceleração de 13,2% na geração de empregos no estado. No Brasil, a queda na formação de postos de trabalho ficou em 24,5% na comparação do mesmo período.

Para o presidente do Ins­tituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, a diferença do resultado anual do estado em comparação com a média nacional se dá pela confiança da indústria local, que têm gerado mais empregos aqui do que nos demais estados. Em todo o ano, os empregos na indústria representam 24,3% dos postos gerados no Paraná, enquanto no Brasil este índice fica em 13,4%. "É um bom sinal, pois são empregos que pagam mais do que em outros setores", afirma.

É a crise

Para ele, a diferença entre os resultados deste ano em relação a 2011 se dá pela crise internacional do primeiro semestre e pela demora do setor produtivo em reagir aos incentivos governamentais, como cortes nos impostos e desonerações nas folhas de pagamento. Mesmo assim, ele acredita que o cenário é positivo. "Julho demonstrou uma boa retomada e agosto manteve o ritmo", defende. No Paraná, o mesmo com o saldo menor do que em 2011, o volume de admissões foi 2,8% maior do que nos oito primeiros meses do ano passado.

Surpresa negativa

Já a reação do diretor do departamento de Emprego e Salário do MTE, Rodolfo Torelly foi de surpresa diante dos números da pesquisa mensal. "O resultado ficou abaixo do esperado, mas estaria assustado se fosse uma perda de emprego", comentou. "Não é novidade que o cenário internacional está difícil e crise é perda de emprego, o que não está acontecendo", acrescentou.

Para o diretor, o saldo de setembro certamente será mais forte. "O agosto fraco pode ser o prenúncio de um setembro forte. Meu feeling de técnico é o de que teremos um bom setembro", considerou. O histórico que revela meses de setembro como os melhores do ano para o mercado de trabalho, ao lado dos de maio.

Por conta dessa perspectiva, Torelly manteve a previsão de criação de 1,5 milhão a 1,7 milhão de novos postos de trabalho formais este ano. De qualquer forma, o resultado será inferior aos 2,02 milhões de vagas registrados em 2011.

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