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As exportações brasileiras de café em 2011 devem cair em volume, mas crescer em receita, na opinião do diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Robério da Silva. Pelos seus cálculos, apesar de este ano a safra ser de ciclo curto, as vendas devem chegar a 30 milhões de sacas, com receita de US$ 7 bilhões. Em 2010, a comercialização foi de 33,5 milhões de sacas, com resultado financeiro de US$ 5,8 bilhões.

A produção total nacional, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) feita em janeiro, será de 43,3 milhões de sacas. No ano passado, a produção foi de 48,1 milhões de sacas. No primeiro trimestre de 2010, o Brasil já enviou 8,5 milhões de sacas ao exterior, obtendo US$ 1,9 bilhão com a venda. Essa comercialização resulta em um valor médio de US$ 228,57 por saca. O valor fica bem acima da média dos últimos 10 anos que chegou a ser de US$ 48,2 a saca em 2002.

Na avaliação do diretor, o câmbio não atrapalhará as vendas externas este ano porque a demanda está crescente, embora a safra brasileira deva ser menor. "Desde junho, o café vem passando por uma fase excepcional de preços", afirmou. De acordo com Silva, os produtores passaram a receber cerca de R$ 540 por saca de café, ante R$ 250 na época em que os preços começaram a apresentar escalada de alta. "Pela primeira vez em muitos anos tivemos um ciclo de alta com preço bom", comparou.

O consumo per capita também deve subir de 6 quilos por habitante no ano passado para 6,4 quilos em 2011, segundo estimativas do Mapa.

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